Coluna Nova Petrópolis
Secretário recusa convite e agora será convocado pela Câmara
Na sessão de segunda-feira, 30 de setembro, os vereadores esperavam a presença do secretário de Planejamento, Hermann Deppe. Ele havia sido convidado para ir lá falar sobre os problemas na rotatória que está sendo construída na entrada do bairro Pousada da Neve. E, como convidado, ele resolveu não ir. Horas antes da sessão o secretário enviou um ofício informando que aquela obra é da EGR e, portanto, a Prefeitura não tem nada a ver com qualquer problema. Convictos de que aquele problema também é da Prefeitura, alguns vereadores fizeram questão de mostrar que não gostaram da resposta. Kátia Zummach (PSDB), Jerônimo Stahl Pinto (PDT), João Paulo Viana (PSB) e Daniel Michaelsen (MDB) foram até a tribuna demonstrar sua insatisfação. Notem que esses vereadores representam quatro dos cinco partidos que compõem o Legislativo. Jerônimo, Ceará e Daniel inclusive costumam votar com o governo. O último deles, enquanto presidente, anunciou que agora o secretário será convocado a comparecer. Na condição de convocado, Hermann não poderá se recusar.
UM FATO OBJETIVO
Independente deste impasse envolvendo o secretário de Planejamento, o importante é que a Câmara já tem um fato objetivo para dar andamento ao caso: a Prefeitura dificilmente assumirá algo naquela obra. Caberá aos vereadores dizer se isso é certo ou errado.
OS CLANDESTINOS
Como foi adiantado semana passada, deu entrada na Câmara de Vereadores um projeto de lei para coibir o transporte clandestino de passageiros. Como era de esperar, todos os vereadores apoiaram o projeto. Aliás, nem há tanto que se discutir quanto ao mérito. Presente à sessão e convidado a ocupar a tribuna, o presidente da Associação dos Taxistas, Magnus Müller, comparou o transporte clandestino a um criador de gado que resolve vender carne na Praça das Flores. Mas Nei Schneider (PSDB) fez um questionamento importante: diante da nova lei, o que o transportador clandestino precisará fazer para se regularizar? Ou melhor: a legislação dará a ele a oportunidade de atuar de forma regular? É uma pergunta difícil de responder. Daniel contrapôs que até hoje nenhum transportador clandestino procurou a municipalidade para reivindicar alguma forma de regularização. Quem o fez foi a Associação de Taxistas, insatisfeita com a concorrência desleal. Daniel e Jerônimo intermediaram a elaboração do projeto de lei em tramitação.
TOLERÂNCIA MENOR
Também na segunda-feira a Câmara aprovou o projeto de lei que reduz o tempo de tolerância para atrasos do funcionalismo, de 30 para 5 minutos. Os vereadores do PSDB e Rodrigo Santos (PSB) votaram contra, defendendo a ideia de 10 minutos de tolerância. Esta medida intermediária também era defendida pelo Sindicato dos Servidores. Cinco minutos realmente pode ser uma margem insuficiente para o caso de imprevistos. Mas 10 minutos parece ser demais diante do fato de que na iniciativa privada muitas vezes a tolerância para atrasos é zero. Seja como for, é bastante válida a colocação do vereador Rafael Lüdke (PP), de que a tolerância menor é uma forma de valorizar o comprometimento de 95% dos funcionários públicos, que são pontuais. Eu assino embaixo.