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Será que eles fazem tanto a diferença?

10/07/2018 - 11h05min

Na década de 70 a construção de prédios enormes para abrigar órgãos públicos era criticada e denominada de “elefantes brancos”. Hoje em dia ninguém critica coisa alguma. O brasileiro foi anestesiado por tanta bandalheira que fazem com ele e perdeu a capacidade de se indignar. Tirando fora espasmos como o Fora Dilma e a revolta dos caminhoneiros, nada mais acontece. O brasileiro virou um cordeirinho que nada mais faz contra os abusos praticados pelos governos e se submete a tudo. O máximo que consegue fazer é piada de tudo. Em vez de se erguer contra os que gastam o seu dinheiro e tiram a sua felicidade, o brasileiro resolveu fazer piada. Outro sinal de mudança dos costumes aconteceu agora com a Copa do Mundo. O brasileiro não se deixou levar mais pela propaganda e o futebol deixou de ser o ópio do povo. Talvez como consequência da roubalheira que aconteceu há 4 anos quando foram construídos os estádios e se roubou como nunca.

VOTO

Volta e meia me pergunto porque os políticos são tão sensíveis as pressões dos funcionários públicos. É óbvio que um dos motivos é o fato do dinheiro que precisam gastar quando sofrem pressões não sai do seu bolso. Saísse do bolso dos governantes e eles agiriam bem diferente do que fazem. Todos os privilégios que foram “conquistados” pelas categorias de funcionários públicos nos últimos 30 anos e que inviabilizaram o próprio país de crescer de forma sustentável foram conseguidos por dois motivos. Um que já relatei. O outro é porque os funcionários públicos representam votos e políticos odeiam jogar votos fora. Mas será que os funcionários públicos que são favorecidos por uma ou outra medida de vez em quando, mas que ao longo dos anos quebraram o país, tem capacidade de manter um político no poder? Acho que não. Tomemos como exemplo o estado das coisas aqui em Ivoti.

10%

A Prefeitura tem mais de 700 funcionários na folha de pagamento. Somando os estagiários chega quase a 900. Convenhamos, não precisa mais de 500, mesmo porque grande parte dos serviços são terceirizados. Juntando a família e os mais próximos deste pessoal todo e descontando os que são contra mordomias, não dá 10% do eleitorado de Ivoti que está em jogo quando um governante toma decisões equivocadas só para agradar “eleitores”. Será que eles fazem tanto a diferença? Aposto que funcionário público não elege ninguém. Faço outra aposta. O governante que desagradar funcionário público em benefício de toda a população sai ganhando na hora do voto. Eles não entendem assim, mas podem ter certeza. Cada centavo que é dado indevidamente ou desnecessariamente a um funcionário público é tirado do restante dos eleitores. E eles finalmente estão descobrindo isso. Tanto que todos os prefeitos que se tem notícia que fazem grandes gestões se reelegem com larga margem de votos. Duvido que um prefeito que transforme sua cidade num canteiro de obras não se reelege se este for o caso. É evidente que sim. Porque, caso contrário, o povo não merece coisa melhor.

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