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Todas as pessoas têm virtudes e defeitos

26/02/2019 - 11h00min

Atualizada em 26/02/2019 - 11h24min

Só que a classe política é proibida de ter defeitos e só pode ter virtudes. É que eles são eleitos para promover o bem-estar do povo e cumprir o que prometeram na campanha. A esmagadora maioria deles não promete nada. São eleitos com base nos gastos da campanha, comprando votos e montando uma grande estrutura de campanha. O que vão fazer depois de eleitos, poucos dizem. Nem mesmo nos debates na televisão dizem o que vão fazer. Se a pergunta é espinhosa, eles driblam e fica por isso. Entretanto, tem exceções e uma delas aconteceu na eleição presidencial do ano passado. O então candidato Bolsonaro deixou claro o que iria fazer se eleito fosse. Em primeiro lugar não admitiria corrupção sob hipótese alguma. Prometeu um novo Brasil. Um dos slogans foi “menos Brasília e mais Brasil”.

AS SEIS DECEPÇÕES DE QUEM ACREDITOU NELE DE OLHOS FECHADOS

1 – FILHO

Quando estourou o Caso Queiroz, que o deputado pelo Rio, Flávio Bolsonaro, não explicou até hoje, ficou evidente que o filho era igual aos outros e contratava funcionários para ficar com parte do salário. O pai deveria ter exigido que renunciasse à eleição ao Senado. Afinal, ele prometeu combate à corrupção sem trégua. DEVERIA TER COMEÇADO PELO PRÓPRIO FILHO.

2 – TV LULA

O candidato eleito sempre prometeu que iria “despetizar” o governo. Não só isso, o enxugamento da máquina federal exigia demissões em massa diante do número absurdo de funcionários. Só para comparar: o Palácio do Planalto tem 4.500 funcionários. A Casa Branca, 350. Mas o exemplo mais vistoso de que mentiu na campanha é a TV Lula, que agora virou TV Bolsonaro. Lula criou uma estrutura com 2.000 funcionários, que ganham salários astronômicos diante da realidade do mercado. A audiência é um – (traço), ou seja, zero. A primeira que ia mandar para o espaço, disse o então candidato várias vezes. Mentiu, porque não aconteceu. VIROU TV BOLSONARO;

3 – AUXÍLIO MUDANÇA

Esta é uma das maiores aberrações das tantas que existem por aí. Mesmo reeleito, ou seja, nem saindo de Brasília, os deputados e senadores embolsam mais ou menos R$ 50 mil a título de AUXÍLIO MUDANÇA. Bolsonaro meteu a mão e pegou o valor. PARA QUEM PREGAVA A MORALIDADE DEVERIA TER DADO O EXEMPLO;

4 – FILHO DE MOURÃO

O general Hamilton Mourão é o vice de Bolsonaro. Seu filho ganhava R$ 12 mil no Banco do Brasil. Foi promovido pelo novo presidente do banco a um salário de R$ 36 mil. Mourão alegou que ele era um ótimo e competente funcionário. BOLSONARO DEVERIA TER DESFEITO ESTA PROMOÇÃO;

5 – APOSENTADORIAS

A equipe econômica (ótima, por sinal) queria fazer a coisa certa. Fazer uma Reforma da Previdência para valer, para não falarmos mais nisso por 50 anos. Não tivesse pisado na bola nos 4 exemplos anteriores, Bolsonaro aprovaria no Congresso o que bem entendesse. A Reforma da Previdência, que colocaria o Brasil no primeiro mundo, vai ser uma meia sola porque o presidente nunca se esforçou para fazer o que a situação do Brasil exige;

6 – MILITARES

Na semana passada a Reforma da Previdência foi para o Congresso, menos a dos militares. Ele é o presidente do Brasil ou continua representando a classe dos militares como foi durante os 27 anos de deputado? PISOU NA BOLA FEIO.

Conclusão: para quem fez uma campanha sem dinheiro, sem tempo de TV, apenas prometendo um Brasil novo, fazendo as pessoas acreditarem no discurso, já deveria ter feito muito mais. Por enquanto está decepcionando.
Depoimento de um “bolsomínion”, não arrependido, mas decepcionado, que acreditava passar a viver num outro país a partir de 2019. Por enquanto, continua praticamente no mesmo Brasil.

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