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Coluna Nova Petrópolis

Uma grande lista de questionamentos do Sindicato dos Servidores

10/07/2019 - 11h36min

O Sindicato dos Servidores Municipais enviou à Câmara de Vereadores uma grande lista de questionamentos, solicitando que estes sejam apresentados de maneira formal ao Executivo. Muitas questões pertinentes. Mas, talvez a estratégia de enviar tudo em bloco não tenha sido a mais adequada. Já dá para prever que a resposta será longa e o grande volume de informações sempre abre margem para desviar dos pontos mais espinhosos.

O PONTO PRINCIPAL

De todos os pontos questionados pelo Sindserv, provavelmente o que mais requer atenção dos vereadores é a insalubridade dos operários da Secretaria de Obras, benefício que foi aprovado pela própria Câmara e que após seis meses ainda não está sendo percebido. Tudo gira em torno de laudos, que atestariam a insalubridade, mas que ainda não foram homologados. Não vai demorar e os vereadores vão requerer cópias dos tais laudos para ver a situação mais de perto. Laudos estes que foram pagos pela Prefeitura e que, portanto, são documentos públicos.

ASSUNTO ANTIGO

O sindicato também traz de volta o tema da ordem de serviço que acabou com o transporte para as equipes lotadas nos postos de saúde dos bairros e interior. A entidade mantém a tese de que o sistema antigo era mais econômico, pois as equipes se deslocavam com os carros da Prefeitura e nisso já se encarregavam de levar tudo o que os postos de saúde precisavam. Da mesma forma, ao voltar, levavam tudo o que precisava ser entregue no centro. Hoje os carros da Prefeitura vão aos postos especialmente por causa desta logística. Segue faltando uma resposta sobre o modelo mais econômico.

A EXATIDÃO DOS NÚMEROS

Se a exatidão dos números demostrar que o modelo antigo era mais econômico, caberá aos vereadores se posicionar a favor desta demanda do sindicato. Desconsiderando o fator “custos”, provavelmente o modelo antigo era mais eficiente que o atual. O Sindserv afirma que medicamentos importantes estão faltando nos postos de saúde por causa de falhas na logística. Também diz que há funcionários em desvio de função porque não existem motoristas suficientes para atender todos os postos de saúde. Pode muito bem a Prefeitura apresentar fatos e números que demonstrem o contrário, dando o assunto praticamente por encerrado.

PRINCÍPIO DA ISONOMIA

Quando a administração municipal cortou o transporte das equipes dos postos de saúde, utilizou o princípio da isonomia entre os argumentos. Tratamento igualitário para todos. Mas o mesmo argumento está sendo utilizado pelo sindicato, segundo o qual as equipes de alguns postos de saúde são transportadas, outras não. Neste caso, o princípio da isonomia de fato estaria sendo quebrado.

PRINCÍPIO DA ISONOMIA II

Em outras situações, no entanto, não é tão simples aplicar o princípio da isonomia. Desde que este tema surgiu, o Sindserv argumenta que os funcionários responsáveis pela limpeza dos postos de saúde seguem contando com carros da Prefeitura para se deslocar. Uma comparação apelativa e oportunista. Querem que os higienizadores percorram o município inteiro com meios próprios? O sindicato tem argumentos melhores para reivindicar o transporte para todos. Que deixe os higienizadores em paz!

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