Uma votação de faz de conta na Câmara de Vereadores

Pegou mal para vereadores o fato ocorrido na sessão de segunda-feira, dia 15, quando Jerônimo Stahl Pinto (PDT) foi autorizado a viajar para Brasília. Parece incrível, mas nenhum vereador atentou para o fato de que a viagem já aconteceria na manhã seguinte, terça-feira, 16.

FAZ DE CONTA

Teria sido bastante válido se, antes de votar a autorização para a viagem de Jerônimo, algum vereador tivesse lhe perguntado sobre as passagens aéreas, se elas já haviam sido adquiridas ou não. É muito provável que sim. Quem deixa para comprar passagem de avião no dia da viagem corre sério risco de ficar sem. Não tem outro jeito a não ser comprar com antecedência. E como alguém compra passagens quando ainda não tem autorização para viajar? Simples: tendo a certeza de que essa autorização virá, mesmo que seja só algumas horas antes do embarque. Dito e feito! Nenhum vereador votou contra. Tivemos, portanto, uma votação que foi uma mera formalidade. Um pequeno faz de conta.

SOBRE VIAGENS

Se um vereador deve ir a Brasília, este é Jerônimo. É o que está mais a par dos assuntos da administração. Nesta viagem ele acompanha o prefeito Regis Hahn. O prefeito, por sinal, tem as viagens a Brasília como marca registrada. Ele sempre alega que as viagens resultam em muitas emendas para o município. Assim deverá ser com esta viagem de agora. Voltarão com uma lista de lugares visitados e de possíveis recursos. Dinheiro este sempre bem-vindo, diga-se de passagem. A pergunta que fica é: precisa mesmo ir para Brasília? Volta e meia vemos vereadores e outros políticos conseguindo emendas sem sair de sua cidade. Outra: vários parlamentares, candidatos à reeleição, estiveram aqui em Nova Petrópolis durante a campanha. Muito se falou sobre emendas já destinadas, mas não me lembro de ter ouvido qualquer anúncio sobre recursos novos… Deveriam aproveitar.

ESPAÇO NAS ESCOLAS

A vereadora Elisângela Flesh (MDB) apresentou uma indicação pedindo a ampliação da Escola Jacob Jaeger, no Pinhal Alto. Ela ressalta que o número de alunos até está dentro da capacidade, mas que há várias salas em que duas turmas dividem o mesmo espaço. Isso por causa da projeção equivocada que essas escolas tiveram lá em Brasília. Fizeram um projeto igual para o Brasil inteiro, com muitas áreas abertas e pouco espaço de salas de aula. Pensaram só nas regiões onde faz calor o ano inteiro.

ESPAÇO NAS ESCOLAS II

É o segundo pedido de ampliação de escola recebido publicamente pela Prefeitura em menos de um mês. Há pouco tempo, durante a festa de 10 anos, o CPM da Escola Pinguinho de Gente informou à Administração Municipal que existe a necessidade de ampliar espaços. Em 2015 a escola recebeu duas salas novas e o número de crianças aumentou bastante. Mas a cozinha e o refeitório continuaram com a mesma capacidade.