Coluna Nova Petrópolis

Vereadores se posicionam contra a gratuidade de estacionamento para funcionários da Prefeitura

09/10/2019 - 10h04min

Está aumentando a pressão sobre a Prefeitura por causa da área pública destinada para estacionamento exclusivo de veículos oficiais e de automóveis de funcionários municipais. Ninguém se importa com a destinação para os carros oficiais, mas o privilégio oferecido ao funcionalismo, ou parte dele, está gerando insatisfação agora também entre os vereadores. A bancada do PSDB acaba de formalizar um pedido de explicações. Entre as informações requeridas ao prefeito Regis Hahn está o critério adotado pela administração para que A possa usar o estacionamento gratuito e B não. A apresentação destes critérios será importante para esclarecer a situação inclusive entre os funcionários da Prefeitura. Existem diversas repartições municipais no centro e seria impossível oferecer lugar a todos os seus funcionários. Se o terreno é público e todos são iguais perante a lei, não há porque haver qualquer tipo de distinção.

ALTERNATIVAS I

O vereador Daniel Michaelsen (MDB) também não concorda que só alguns munícipes tenham o direito ao estacionamento gratuito na área pública. A sugestão apresentada por ele é de que as vagas não ocupadas por veículos oficiais sejam disponibilizadas livremente a todos os motoristas, até que a capacidade máxima esteja esgotada. A ideia de Daniel representa um avanço diante do quadro atual. Mas, se colocada em prática, também haveria pontos negativos. O controle de entrada geraria despesas, provavelmente exigindo a presença de um porteiro. Sem ele, dificilmente o estacionamento funcionaria. E mesmo que tudo funcionasse bem, no fim o privilégio estaria mantido. As vagas provavelmente seriam ocupadas todos os dias pelos mesmos motoristas, que deixariam seus carros estacionados do início da manhã até o fim da tarde. Na área do estacionamento rotativo isso não é permitido, mesmo pagando.

ALTERNATIVAS II

A alternativa mais viável e justa parece ser a concessão do pátio para a exploração de alguma entidade ligada a serviços públicos essenciais, como o hospital ou os bombeiros voluntários. O lucro obtido com a cobrança de tarifas seria revertido em serviços que atingem o maior número possível de munícipes.

CARTAS NA MESA

Semana passada a reportagem do Diário produziu um balanço sobre possíveis candidaturas para a Prefeitura no ano que vem. Foram citados os cinco partidos mais tradicionais da cidade, todos com representação na Câmara de Vereadores: MDB, PDT, PP, PSB e PSDB. Faltando um ano para o pleito, dificilmente os líderes partidários confirmarão alguma informação definitiva. O momento é mesmo de especulações. A exceção é o PSDB, que cada vez mais se posiciona em torno de Darlei Wolf, como bem mostrou a reportagem. Mas há outro partido com as cartas já colocadas sobre a mesa: o PT, que tem Marcel Marsillac como pré-candidato a prefeito. Se a candidatura for confirmada, será um avanço importante para o partido, que elegeu o vice-prefeito Gregor Hermann em 2012, mas em 2016 sequer teve candidato a vereador. Agora vamos ver qual será a próxima sigla a colocar as cartas na mesa…

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