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A imprudência que mata e causa pânico na BR-116 em Morro Reuter

01/09/2021 - 18h41min

Atualizada em 01/09/2021 - 19h49min

Moradores, motoristas, pedestres e ciclistas enfrentam desafios diários com a imprudência na BR-116, com agravamento aos finais de semana que culminam em frequentes acidentes (FOTO: Cleiton Zimer)

Por Cleiton Zimer

Morro Reuter – Diariamente moradores, motoristas, pedestres e ciclistas precisam lidar com a imprudência de alguns que acabam colocando a integridade física de muitas pessoas em jogo de forma consciente. A irresponsabilidade maior é dos motociclistas. A velocidade do trecho é de 60 km/h, mas há relatos de motos atingindo quase 200 km/h.

O problema se agrava aos finais de semana, cuja maior preocupação se concentra, principalmente, no trecho compreendido entre as localidades do Birckenthal e Picada São Paulo, assim como no município de Picada Café.

É nos locais onde há mais “retas” que a imprudência se torna frequente e, nos trechos com curvas, que as fatalidades costumam acontecer.

Conscientização e fiscalização

Moradores alertam para a pouca fiscalização no trecho. Chegam a defender instalação de radares para que motoristas sejam forçados a obedecer o limite de velocidade. Apesar disso, reforçam veemente que a única forma de resolver o problema é a conscientização de cada motorista.

“Passam voando”

“As vezes mal se escuta a moto vindo e, de repente, ela já passou” (Valdir Schumacher)

“Eles não respeitam e andam muito rápido. Chega a dar medo” (Alma Elizabeta)

“Nos finais de semana não tem nem como ir para o outro lado da rua a pé. As vezes mal se escuta a moto vindo e, de repente, ela já passou. Passam voando”, relata o aposentado Valdir Schumacher, de 70 anos, que mora na lateral da BR em Picada São Paulo.

Ele conta que já cercou o terreno com medo de que algum motociclista possa se perder e invadir sua propriedade, machucando alguém. “Acho que eles chegam à 300 km/h. Quando dá acidente querem dar a culpa para as curvas, mas, na verdade, o problema é que andam muito rápido”.

Sua esposa, dona Alma Elizabeta, de 73 anos, passa a maior parte do tempo em casa e diz que, ultimamente, até mesmo durante a semana está ficando perigoso. “Eles (motociclistas) não respeitam e andam muito rápido. Chega a dar medo”.

Várias ocorrências na mesma curva

Curva da BR que dá acesso ao Morro da Embratel registra frequentes quedas (FOTO: Cleiton Zimer)

Moradores relatam que são frequentes os acidentes envolvendo quedas de motociclistas na curva da BR-116 que dá acesso ao Morro da Embratel. Dizem que um dos fatores que contribuí para isso são as pedrinhas que acabam vindo com a água da chuva, ficando sobre a pista, levando os motoristas a derrapar.

De acordo com a prefeita Carla Chamorro, em contato com o Dnit, nos próximos dias deve ser feita a desobstrução da boca de lobo, evitando que assim as pedras sejam levadas sobre o asfalto. Além disso deverá ser colocada placa indicando a velocidade no trecho.

“Mas acontece por excesso de velocidade. Se as motos andassem a 60 km/h, como a Lei exige, elas não derrapariam”, afirma a prefeita.

Todo final de semana têm acidentes

Neste acidente, ocorrido há duas semanas, ainda havia estilhaços do acidente anterior (FOTO: Cleiton Zimer)

Todos os finais de semana são registradas ocorrências de acidentes na BR-116, em sua maioria de motociclistas que sofrem quedas graves. As equipes de socorro dos hospitais, bombeiros e Samu já se preparam para os maiores picos que são durante a tarde e início da noite.

Ao longo da pista há vários estilhaços que não negam o fato da BR-116 se tornar extremamente perigosa diante da imprudência, principalmente, dos motociclistas.

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