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A tradição do Kerb segue de mãe para filha em Dois Irmãos
Por Cleiton Zimer
Dois Irmãos – Cada época possuí as suas particularidades quanto aos festejos do Kerb de São Miguel. Entretanto uma coisa sempre foi unânime: os encontros das famílias.
Já são 192 anos de celebrações, muitas gerações se passaram e as transformações vieram ao natural, assim seguirá sendo. Mas ainda hoje o Kerb é uma importante data para reencontrar familiares e amigos, sempre com comida típica e bandinhas.
O Kerb segue de mãe para filha
Anne Maria Boll, 77 anos, já não faz mais o Kerb em casa. Mas todos os anos é ela quem prepara duas tortas (com bolo, nata, leite condensado) e as massas caseiras, levando até a casa da filha, Rosana Boll Stoffel, 53 anos, que organiza os festejos. “Eu sempre incentivo ela a continuar”, explica.
Rosana já está preparando tudo para o domingo, quando todos os parentes poderão vir. “É muito importante manter a tradição, para não perdermos ela”, disse, afirmando que sempre optam por ficar mais em casa, com a família. “As vezes, quando não tinha a pandemia, até íamos no Centro para tomar um chopp, mas só isso”.
Anne sempre morou em Dois Irmãos, numa família de agricultores, e lembra que antigamente familiares vinham de todos os cantos a cavalo para participar do Kerb de São Miguel. “Fazíamos cuca, carne de porco no forno, chucrute”. A bebida era o spritzbier, guaraná e um pouco de suco de vinho. Cerveja não tinha.
Anne conta que, quando eram crianças, ficam esperando ansiosamente pela chegada da visita. “Antes de chegarem tínhamos que nos preparam bem, fazer bastante pasto para os cavalos, que enchiam o pátio”, lembra, contando que cortavam palmeiras para alimentá-los.
Hoje é tudo muito diferente, mas Rosana já está preparando um churrasco para o domingo com comida típica, além do spritzbier que fez ao longo do ano.