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Acusado de engravidar filha em Lindolfo Collor diz que a estuprou após beberem
Ivoti/Lindolfo Collor – O homem acusado de estuprar e engravidar a filha de apenas 13 anos confessou o crime, em depoimento à Polícia Civil. Ele foi preso, no início da noite de quarta-feira, no bairro Morada do Sol.
Contudo, o acusado tenta transferir à vítima a responsabilidade pelo crime que cometeu, dizendo que foi ela quem o procurou, após beberem juntos um drink chamado “Cuba”, que mistura vodka e Coca-Cola, e uma lata de energético. “Ela sozinha tomou um litro, eu tomei só um copo”, colocou.
A delegada Michele Mendes Arigony classifica como “absurda” qualquer justificativa do homem, por se tratar de um estupro de vulnerável. A lei diz que é crime manter relação sexual com menores de 14 anos, independente do consentimento da vítima.
A confissão do homem é fato novo no inquérito policial que investiga caso. Quando a polícia tomou conhecimento do crime, ainda no ano passado, o pai foi intimado e prestou depoimento. Contudo, negou ter estuprado a filha. Pelo contrário, inventou outra história: disse que a filha estava com um comportamento diferente e “apareceu” grávida após passar três dias na casa de um familiar.
A nova versão surge após a Justiça decretar sua prisão, a pedido do Ministério Público, que ouviu a adolescente. Na conversa com o promotor, a menina revelou ter sido abusada pelo pai em outubro do ano passado. Quando foi ouvida pela Polícia Civil, a menina não quis falar.
DNA: “sem combustível,
não tem como engravidar”
Embora tenha admitido o estupro, o homem disse duvidar ser o pai da criança. Para colocar em dúvida a paternidade, o preso disse não ter “combustível”, alegando ser estéril. Por conta disso, o homem concordou coletar material genético para realizar o exame de DNA e, assim, trazer uma prova técnica ao processo.
Na manhã de ontem, ele foi levado ao Instituto Geral de Perícias (IGP) para a coleta do material. O resultado do exame deve demorar alguns meses para ser concluído e entregue à polícia. Contudo, a Polícia Civil não tem dúvidas de que o homem é o pai da criança.
Acusado rezou ao chegar na delegacia
Uma das justificativas do acusado para contar a verdade é que, há três meses, passou a frequentar a igreja. O resultado da sua conversão foi assistido por agentes da Polícia Civil. Ao chegar na delegacia, já sabendo que seria encaminhado ao presídio, se pôs a rezar em voz alta.
O fato de ter começado a frequentar a igreja também lhe trouxe um senso de Justiça. “Desde aquele dia [em que estuprou a filha], o mundo virou. Se tem algo pra mim pagar, vou pagar. Não me adianta esconder as coisas na presença de Deus. Quero pagar pelo que fiz”, disse.