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Afetada pela febre amarela, Nova Petrópolis alerta para vacinação

27/05/2021 - 11h43min

Bugio morto com a doença foi encontrado no município (Créd.: Divulgação)

Nova Petrópolis – A Secretaria de Saúde vem desenvolvendo ações prioritárias contra a febre amarela, como o monitoramento das populações de primatas, a verificação e aumento da cobertura vacinal na população e identificação de munícipes suspeitos de febre amarela. Nas últimas semanas, exames laboratoriais confirmaram a existência do vírus da febre amarela em um bugio encontrado morto no município, o que reforça o alerta para a vacinação, que pode ser feita em todos os postos de saúde.

Com a confirmação de morte do primata não humano (PNH) pelo vírus amarílico, Nova Petrópolis passa a ser considerada área afetada para a febre amarela silvestre. Desde 2009, o Rio Grande do Sul não registrava a circulação do vírus. Contudo, em 28 de abril de 2021 a Secretaria Estadual de Saúde declarou Emergência de Saúde Pública de Importância Estadual (ESPIE), em decorrência da confirmação da circulação do vírus da febre amarela no Estado. Até o momento 23 municípios registraram a morte de PNH pelo vírus.

Bugios

O bugio contaminado foi encontrado morto no dia 1º de maio por caminhantes que realizavam trilha entre a Linha Temerária e o Ninho das Águias. O grupo informou à Vigilância Ambiental em Saúde, que procedeu a coleta de material biológico e encaminhou para análise.

Os bugios são afetados pela doença da mesma forma que os humanos, no entanto, eles não transmitem a febre amarela. Sua morte pode preceder a ocorrência de casos em humanos pois indica a presença do vírus. O vetor da doença no Rio Grande do Sul é Haemagogus leucocelaenus, espécie nativa de mosquito, de ampla distribuição nas áreas silvestres e não passível de controle. Pessoas que frequentam matas e não estão vacinadas estão sob maior risco.

Vacinação contra a febre amarela

Crianças de até cinco anos incompletos devem tomar uma dose da vacina a partir dos 9 meses de idade e uma dose de reforço aos quatro anos. Crianças de cinco anos, ou mais, que já receberam a vacina antes dos cinco, devem receber o reforço, mas com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. Quem teve a primeira dose da vacina com mais de cinco anos de idade já é considerado vacinado.

Pessoas não vacinadas ou sem comprovante de vacinação recebem a dose única da vacina. Pessoas com 60 anos ou mais, que nunca foram vacinadas ou sem comprovante de vacinação devem passar por avaliação médica antes de receber a imunização.

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