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Afogamentos no período veraneio: bombeiros instruem sobre cuidados a serem tomados

04/12/2020 - 17h45min

Tenente do Corpo de Bombeiros Militar de Estância Velha, Luciano Duarte, também ensina quais são os primeiros socorros nesses casos (Crédito: Divulgação)

Região – Com a chegada do verão, consequentemente, com aumento das temperaturas e da busca da população por passeios a locais como praias, rios, balneários e alternativas para se refrescar, aumentam também o número de afogamentos. 

Durante o período do ano passado, segundo o Corpo de Bombeiros responsável pelos respectivos municípios, foram registrados três afogamentos em Dois Irmãos, um em Nova Petrópolis e um em Lindolfo Collor. Neste ano, até o momento da realização desta reportagem, já foram notificados um caso em Ivoti e um Lindolfo Collor. 

CUIDADOS E PROCEDIMENTOS 

”Para evitar afogamentos, há uma série de cuidados que recomendamos”, explicou o Tenente do Corpo de Bombeiros Militar de Estância Velha, Luciano Duarte. Ele conta que trabalha já há mais de 20 anos na atividade de Guarda Vidas.  

Para passeios e banhos em rios e lagoas, Duarte instruiu tomar cuidado com águas turvas, em que não se consegue enxergar o fundo. Além de não conseguir ver a profundidade do local, pode haver também plantas, galhos de árvores ou outros objetos que podem acabar prendendo os banhistas debaixo da água. 

“É sempre melhor que as pessoas escolham lugares que sejam balizados, ou seja, próprios para banho”, disse o bombeiro. 

Já em praias, a recomendação é que a população se mantenha próximo às guaritas de Guarda Vidas, buscando se banhar apenas nos horários de funcionamento desta (das 8h30 às 19h30) e respeitando as cores das bandeiras.  

“Pedimos que as pessoas nos informem caso não saibam nadar, conversando com os agentes da guarita mais próxima”, instrui Tenente Duarte, que também alertou que em todos os casos, seja em rio, praia ou piscina, crianças devem estar sempre sob supervisão de algum adulto. 

Em caso de afogamento, mesmo após acionar os bombeiros de imediato, é necessário já iniciar as manobras de ressuscitação o mais rápido possível. O recomendado é posicionar a pessoa em angulação lateral, deitada em cima do braço direito. Após isso, com o afogado de barriga para cima, iniciar a massagem cardíaca e a insuflação (respiração boca-a-boca), combinando e intercalando ambos. 

“Outra recomendação é que, ao acionar os bombeiros, a pessoa que socorrer não entre em pânico, mantendo a calma para poder nos passar as informações necessárias e localização corretamente”, ressaltou o Tenente. 

GUARDA VIDAS 

Durante todo o seu período de atividade, Duarte passou por todas as funções, atuando como Guarda Vidas, Fiscal de Praia e atualmente como Comandante de Praia no Quintão. 

O Tenente informou que, para poder atender todas as demandas de salvamento, todo o efetivo passa por uma capacitação, que envolve treinamento físico, correndo, nadando, e aprendendo técnicas de salvamento aquático, primeiros socorros, a como utilizar os equipamentos e também aulas de morfologia marinha, sobre correntes, ventos e animais. 

O profissional ainda complementou “Já realizei diversos salvamentos. Não tenho como citar um caso específico, pois, todo resgate é único e especial para quem teve a vida salva” 

Bandeiras 

Para as diferentes cores de bandeiras, há também diferentes recomendações. As bandeiras são definidas de acordo com o clima, marés e local em específico, pelos próprios Guarda Vidas. 

  • Bandeira Verde: significa baixo risco; recomendado no máximo 150 metros de distanciamento da guarita mais próxima. 
  • Bandeira Amarela: médio risco. O mar pode estar agitado, turvo ou com correntes de retorno, “repuxos”. A distância do ponto dos Guarda Vidas não deve passar de 100 metros. 
  • Bandeira Vermelha: Nesse caso, o mar oferece alto risco e os banhistas não são aconselhados a nadar. Além disso, devem se manter a menos de 50 metros de alguma guarita. 
  • Bandeira Preta: Proibido nadar no local, fortes correntes de retorno, mar pouco auspicioso. 
  • Bandeira Lilás: Animais marinhos que oferecem risco, grande quantidade de mães-d’água. 

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