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Agressor de Bolsonaro já foi filiado a partido político e criticava candidatos nas redes sociais

06/09/2018 - 21h10min

Atualizada em 07/09/2018 - 10h41min

País – De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Adelio Bispo de Oliveira, que esfaqueou o candidato a presidência Jair Bolsonaro, na tarde de quinta-feira, 6 de setembro, já foi filiado ao PSOL entre 6 de maio de 2007 e 29 de dezembro de 2014. Em nota divulgada nesta quinta, a Executiva Nacional do PSOL repudiou o atentado contra Jair Bolsonaro.

“A agressão sofrida pelo candidato do PSL, Jair Bolsonaro, configura um grave atentado à normalidade democrática e ao processo eleitoral” afirmou o PSOL, em nota. “Nosso partido tem denunciado a escalada de violência e intolerância que contaminou o ambiente político nos últimos anos. Por isso, não podemos nos calar diante deste fato grave. Repudiamos esse ataque contra o candidato do PSL e esperamos das autoridades as medidas cabíveis contra seu autor.”

Em outro comunicado, Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL, afirmou que “o fato de Adelio Bispo de Oliveiro ter sido filiado ao PSOL, entre 2007 e 2014, não altera em nada o posicionamento do partido em relação ao inaceitável atentado sofrido por Jair Bolsonaro” e que “o PSOL rechaçou em nota a escalada de violência que tem marcado o cenário político nos últimos anos e manifestou seu repúdio ao atentado sofrido pelo candidato do PSL”.

“Independente de ter tido um breve período de filiação ao PSOL, defendemos que o responsável responda por seus atos de acordo com a lei”, afirmou Medeiros.

Críticas políticas no Facebook
Em seu perfil no Facebook, Adelio priorizava publicações de cunho político e social, na maior parte em tom de crítica. Entre os 13 candidatos concorrendo à Presidência da República, Bolsonaro era o alvo mais comum das postagens, mas a instituição que mais recebeu críticas do mineiro de Montes Claros é a Maçonaria.

Henrique Meirelles (MDB) também foi um candidato que recebeu críticas de Adelio em seu Facebook.

Já Cabo Daciolo (Patriota) foi tema de pelo menos duas publicações neste ano: em fevereiro, quando Daciolo anunciou sua pré-candidatura à Presidência, elogiada por Adelio, e em junho, quando o mineiro criticou publicamente o fato de o candidato não ter sido incluído em pesquisas de sondagem eleitoral.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva motivou pelo menos uma publicação, referente a uma possível soltura do petista da prisão, em julho passado, e na qual Adelio diz ter dúvidas de que o então candidato poderia “mudar de atitude”.

No entanto, Adelio não chegou a demonstrar apoio ou anunciar o voto em um candidato específico. Em junho, além disso, ele ainda afirmou, em uma publicação, que não vota mais.

Em uma das publicações, Adelio vincula Aécio Neves, candidato do PSDB ao Senado Federal, à Maçonaria.

O suspeito também criticou o presidente Michel Temer e, em maio, publicou fotos em que posou ao lado de manifestantes que seguravam cartazes com os dizeres “renúncia Temer”, “fora Temer” e “políticos inúteis”. No mesmo dia, ele publicou uma foto sem legenda de um casal vestindo camisetas a favor da libertação de Lula da prisão.

Outros temas que foram alvo de Adelio em seu perfil na rede social incluem a possível venda da Embraer, o Rio São Francisco, a federalização da segurança pública no Brasil,o fim do estado laico, a redução da maioridade penal entre outros.

A última publicação do suspeito que foi mantida aberta data de 3 de agosto.

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