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Alta velocidade de motoristas preocupa escolas às margens da VRS-874

12/04/2019 - 18h12min

Atualizada em 15/04/2019 - 10h38min

São José do Hortêncio – A diretoria de duas escolas às margens da VRS-874, que teve obras de asfaltamento concluídas no ano passado, teme pela segurança dos alunos em razão da alta velocidade empregada por motoristas na estrada. Em frente as escolas São José e Leocádia Becker, a via ainda carece de sinalizações e dispositivos de segurança, não inibindo o comportamento dos condutores.

A diretora da São José, Tatiani Mohr, revela que os carros costumam a trafegar acima de 80 quilômetros em frente a escola, colocando os estudantes e corpo docente em risco. “Em virtude disso, procuramos não usar o acesso principal da escola, localizado na rodovia. Por ali entram somente os estudantes acompanhados pelos pais. Os alunos que vem através do transporte coletivo municipal, entram por um acesso lateral”, avisa a diretora.

O caso já foi encaminhado para o Executivo e Legislativo, que tentam interceder junto ao Daer por melhorias em frente às instituições. O vice-prefeito, Cândido Koch, informa que já entrou em contato com a autarquia em duas oportunidades para solicitar as demandas.

“Nós, enquanto Prefeitura, não podemos interceder em nada naquela rodovia, por se tratar de uma via de competência estadual. Ou seja, qualquer coisa que fizermos no trecho, podemos ser penalizados pelo Tribunal de Contas e Ministério Público”, considera Koch.

Polêmica atrás de polêmica

A VRS-874 já foi alvo de diversas polêmicas. O projeto original de construção da estrada é de 1996, quando o então Governador Antônio Britto deu encaminhamento a pavimentação da via, uma conquista amplamente comemorada pela comunidade, refém de anos da poeira e descaso.

A base da estrada foi realizada poucos meses depois, porém a obra foi abandonada em virtude de falência da empreiteira responsável. Toda o procedimento técnico realizado até aquele momento foi perdido, e uma nova novela se instaurou para a conclusão do asfalto.

Muitos anos se passaram até um novo projeto e processo licitatório serem abertos, e mais longos anos até a obra ser concluída pela empreiteira Dobil. Até o ano passado, a empresa ainda trabalhava no trecho correspondente ao município de São Sebastião do Caí.

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