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Aos 30 anos, ele encarou a batalha mais difícil: a luta contra a leucemia

13/08/2020 - 14h46min

Tati e Ronan, hoje mais aliviados depois de quase seis meses de tratamento. (Foto: Melissa Costa)

Dois Irmãos – Era véspera de Natal. Entre os planos para celebrar a data, eles decidiram fazer uma doação de sangue, algo que já era rotina para o casal Ronan Pessi da Silva, 30 anos, e Tatiane Timm, 29. No entanto, uma notícia inesperada se transformou na batalha mais difícil da sua vida. No Hospital Regina, em Novo Hamburgo, no momento de doar, a equipe percebeu alterações e alertou Ronan de que ele poderia estar com uma forte anemia. A indicação foi procurar um médico urgentemente. Preocupados, Ronan e Tati procuraram atendimento no Postão 24h e, ainda na noite do dia 24, já receberam a informação de ele poderia estar com leucemia. Ronan foi internado no Hospital São José e, posteriormente, transferido para o Hospital Conceição, em Porto Alegre. Com a confirmação do diagnóstico, já iniciou o tratamento com quimioterapia. A primeira internação durou mais de 40 dias. “A única coisa que eu sentia era muito cansaço, mas devido à rotina intensa de trabalho e estudos, pensei que fosse por isso; nunca imaginei que pudesse estar com leucemia”, lembra ele. No total, foram quatro internações e quase seis meses de tratamento. Em uma delas, Ronan precisou ficar um dia na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). A cada ciclo, os efeitos colaterais amenizavam. “Na primeira internação foi difícil, dos 42 dias precisei ficar 21 dias me alimentando por sonda. Mas, aos poucos, o tratamento foi apresentando resultados positivos e animadores”.

 TER FÉ

Ronan e Tati agradecem todos os profissionais da saúde e também remetem a Deus o diagnóstico no tempo certo e o resultado positivo ao tratamento. “No início, questionei muito o porquê ele tinha que passar por isso, mas depois, quando a gente reflete, tudo aconteceu como deveria e no tempo certo. Com certeza, Deus estava ao lado dele”, disse Tati, emocionada. Ronan já recebeu alta hospitalar e segue em acompanhamento, que deve durar cerca de cinco anos. Por precaução e seguindo o protocolo, Ronan está sendo incluído na fila de transplante. “O meu tipo de leucemia, como a médica explicou, tem risco de voltar. Para já agilizar o processo, se eu vir a precisar de transplante, já entrei nessa fila agora”, conta ele, confiante que tudo dará certo e não precisará do procedimento.

DE DOADOR PARA DOADOR

Durante o tratamento, por diversas vezes, Ronan precisou da doação de sangue da comunidade. A mobilização de familiares, amigos, conhecidos e, até mesmo, de desconhecidos, emocionou. Movimentos em redes sociais ganharam força, assim como mensagens de fé e positivas pela sua recuperação. Mesmo antes de precisar dessa ajuda, Ronan já sabia da importância de ser doador, pois já era doador com a esposa. “Saber que sou querido por tantas pessoas foi algo que me emocionou. Os médicos até elogiaram, tamanha a quantidade de gente que procurou o hospital para doar”, disse ele. Tati faz um agradecimento a quem passou a ser doador a partir do caso do esposo, assim como pede que as pessoas sejam doadoras antes mesmo de ter alguém próximo necessitando. “Doar sangue é ajudar a salvar vidas. Não precisamos ter alguém próximo necessitando para contribuir; é um ato simples, mas de grande importância”.

 

 

 

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