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Autor de disparos contra a esposa em Nova Petrópolis permanece preso

04/02/2021 - 16h15min

Atualizada em 04/02/2021 - 17h20min

Armas e munições foram apreendidas na casa (Créd.: Brigada Militar)

Nova Petrópolis – Ido Schwantes, de 60 anos, permanece preso após ter acertado dois tiros na esposa, Marlene Schwantes, de 57 anos, na noite de terça-feira, 2. Ele está na Penitenciária Estadual de Caxias do Sul com prisão cautelar decretada, que é quando se avalia, não a culpa, mas sim a chance dele causar perigo para a vítima. A prisão é por tempo indeterminado. Além disso, uma medida protetiva contra ele foi expedida, impedindo que ele chegue próximo à família.

O caso, por envolver a lei Maria da Penha, é tratado em sigilo pela Polícia Civil. No entanto, o judiciário da Comarca de Nova Petrópolis, esclareceu alguns fatos de como tudo aconteceu. Segundo as informações, o casal discutia em casa, quando ela decidiu se trancar no quarto. Ele quis entrar e deu um chute para tentar abrir a porta, sem sucesso, atirou duas vezes próximo à maçaneta. A esposa estava do outro lado, segurando a porta para que ele não entrasse. Ainda não está esclarecido se ela se trancou por ele ter a ameaçado, ou se ele pegou a arma somente após não conseguir entrar no cômodo. O fato é que, sabendo que ela estava do outro lado, ele assumiu os riscos pelos disparos.

À polícia, o filho, que mora próximo, contou que já tinha ouvido as brigas, mas viu as luzes se apagarem e não deu mais bola. Logo em seguida, ouviu os dois tiros e, assustado, ligou para a casa para saber o que tinha acontecido. O próprio pai atendeu e contou, imediatamente ele foi à casa dos pais e encontrou a mãe sangrando, já fora do quarto. Ele a levou para o hospital e, de lá, acionou a Brigada Militar.

Marlene e Ido são casados há mais de 40 anos (Créd.: Divulgação)

Acusado não resistiu

Depois de comparecer no hospital, os policiais militares foram até a residência do casal. Ido não ofereceu resistência e permitiu livremente a entrada da polícia. Dentro da casa, ele mostrou a arma utilizada no crime, um revólver calibre .32, e outras três, um revólver calibre .22, uma garrucha antiga e uma espingarda calibre .32, além de munições. Tudo foi entregue. Imediatamente, ele foi preso em flagrante por tentativa de feminicídio e porte ilegal de arma de fogo.

A vítima e o filho foram ouvidos e contaram suas versões. Já o marido preferiu o direito de ficar calado, por conta disso, deverá ser marcado uma data para colher depoimentos. O caso segue com as investigações.

Erro grave

Em uma rede social, o filho do casal, que socorreu à mãe ao hospital, se manifestou dizendo que ele e a irmã são os verdadeiros donos do restaurante Colina Verde há mais de 12 anos. Sua mãe foi a fundadora do estabelecimento em 1980 e o pai está aposentado desde que a propriedade passou para os filhos.

Sobre o crime cometido, ele disse que o pai cometeu um erro grave e agora pagará por isso. “Peço um pouco de respeito com a dor da família”, finalizou.

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