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Câmara acata veto da prefeita e rua do Frigorífico Boa Vista não será alterada

06/03/2020 - 09h38min

Atualizada em 06/03/2020 - 10h28min

Trecho da estrada que passava pelo Frigorífico foi fechada; projeto previa a alteração da estrada até o portão da empresa, mas prefeita quer que antes seja feito um acordo para que o município tenha uma espécie de indenização (FOTO: Cleiton Zimer)

Santa Maria do Herval – Ao contrário do que disse em entrevista ao Diário na semana passada, o presidente da Câmara de Vereadores, Germano Seger (Posch), não colocou em votação o veto da prefeita Mara Stoffel em relação ao projeto aprovado por todos os vereadores no ano passado, que altera as dimensões da Rua Fridolino Lindemann, no trecho entre o Frigorífico Boa Vista. Dessa forma, a Câmara acatou o veto e não haverá alterações na rua, conforme previa a proposta.

Posch explicou que o projeto foi aprovado por unanimidade. “Todos votaram a favor. No veto tem uma ata da reunião feita com o dono do frigorífico, prefeita, moradores, até eu estava junto com o assessor jurídico da Prefeitura. Ali foi feito um acordo e ele está para ser cumprido pela Prefeitura”, disse, questionando “por que que vamos votar um veto que todo mundo votou a favor? Acho que não tem lógica”.

 Ação

O presidente do Legislativo ainda cobrou ação por parte do Executivo. “A prefeita precisa ver o que vai ser feito, como vai ser resolvido o problema daquela estrada, pois o Frigorífico está esperando o orçamento para ajudar a pagar”, concluiu.

Plínio, que era presidente da Câmara na época em que o projeto foi vetado, disse que colocar o mesmo em votação “pode gerar problemas entre o Executivo e o Legislativo”. O vereador ressaltou ainda que “foi feito um acordo por essa estrada, que seria feito calçamento com bloquetos e não foi feito, e o Executivo também não fez um projeto. Eu espero que em breve essa população seja atendida e a estrada feita, juntamente com o Frigorífico que assumiu um compromisso”, disse.

A vereadora Rúbia também defendeu que o veto não entrasse em votação, e cobrou a Prefeitura. “Fizeram uma parceria, fizeram digamos um contrato do que seria feito ali, mas até agora nada foi resolvido e o pessoal fica nos cobrando uma solução”.

Queria votar

Por outro lado, o vereador Diego Lechner questionou o fato de o projeto não entrar em votação. “Não sei porque não entraria em votação. Acho que é uma coisa democrática. Como em outras gestões também sempre houveram vetos à essa casa. Somos nove cabeças pensantes, nem todas pensam da mesma forma e, da mesma forma é o Executivo”, disse o vereador que também votou favorável ao projeto apresentado por Posch no ano passado.

“Não foi feito contrato”

Ao contrário da fala dos vereadores da oposição, a prefeita Mara defende que não há até o momento um contrato firmando uma negociação para a pavimentação da rua. “E é justamente por isso que o projeto foi vetado. Primeiro precisamos nos sentar e definir o que será feito junto com a empresa e registrar isso oficialmente. Em relação ao comentário de que foi feito um acordo, o que na verdade aconteceu foi uma reunião, registrada em ata. Mas isso precisa ser definido através de um contrato legal”, defendeu a prefeita, ressaltando que “defende os interesses do município”, e que “não pode ser feita alteração alguma sem que antes o município tenha uma contrapartida”.

Ela afirmou ainda que está dando prioridade para a questão e, nos próximos dias (já que o veto foi acatado), irá convocar uma nova reunião onde serão colocadas as questões de cada lado e, a partir de então, tomar uma ação para encaminhar a resolução da situação.

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