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Cárcere privado: Os relatos da filha de Padre sobre uma convivência difícil
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Motivação
“O álcool associado com o comportamento agressivo que ele já tinha e que vinha crescendo cada vez mais foi um fator decisivo nesta história. Pode-se considerar que ele é uma pessoa alcoólatra”.
Relacionamento familiar
“Eles ainda não tinham iniciado processo de separação oficial, mas ele havia sido enquadrado na Lei Maria da Penha. Ele continuava, entre aspas, morando em casa. O pai dele tem um sítio em Presidente Lucena, então ele ficava lá por alguns dias, mas no máximo dois dias consecutivos e, dependendo do que dava na cabeça dele, ele voltava para perto da gente, buscando atingir nós. Na verdade, mais para atingir a minha mãe”.
Histórico
“As coisas nunca haviam chego a este ponto, mas ele já havia praticado atos de agressão contra minha mãe e até tentado agredir a mim e meu irmão”.
Saída de casa
“Nos últimos dias estas situações de confronto vinham acontecendo com muita frequência, então eu e minha mãe resolvemos sair de casa nesta segunda-feira. O meu irmão pediu para ficar em casa para garantir que, caso ele voltasse, ele não faria nada com as coisas aqui de dentro da residência. E aí, isto tudo acabou acontecendo”.
Notícia
“Na noite de terça-feira ele foi informado de que estava enquadrado na Lei Maria da Penha e que por isso não poderia se aproximar da minha mãe. E isto fez com que ele fosse até a nossa casa, procurando justamente pela minha mãe. Eu e ela ficamos sabendo que ele estava em casa após a vizinha nos avisar. Ela falou que escutou o barulho dele tentando arrombar a porta e que depois disto passou a ouvir muitos gritos, de mais de uma pessoa, e som de coisas sendo quebradas”.
Agressões
“Ele não tem arma, só faca. Então, foi o que ele fez: pegou uma faca e foi até a nossa casa. Ele tentou agredir meu irmão com a faca, cortou ele em algumas partes do corpo. Nada muito profundo, mas em locais como braço e peito. O corte que ele fez no peito do meu irmão foi no momento em que os policiais conseguiram entrar na casa, mas o no braço foi logo que ele chegou e começou todo este atrito”.
Cárcere
“Ele ficou, mais ou menos, cinco horas trancado no quarto com o meu irmão. Logo que chegou, ele vinha destruindo algumas coisas dentro da casa, mas depois que ele sentiu que tinha movimentação de carros na rua, e que possivelmente era da polícia, ele se trancou dentro do quarto com o meu irmão, porque o cômodo não tem muito acesso”.
Desfecho
“O meu irmão recebeu pontos nos cortes e precisou passar por exames de Raio-X para ver se não havia nenhuma lesão óssea, mas ele está bem, só ficou internado para estes procedimentos mesmo. Já em relação a ele, eu não sei dizer exatamente, porque inclusive não me atualizaram muito sobre a situação dele, eu acompanhei ele até o hospital aqui de Ivoti, mas foi isso”.