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Cenário de acidentes, curva perigosa na entrada de Linha Nova preocupa moradores

17/06/2020 - 09h16min

Atualizada em 17/06/2020 - 09h18min

Marcas do acidente envolvendo caminhão na semana passada seguem no local

Linha Nova – A Rua 25 de Julho é uma das principais vias do município, ligando Picada Café à área central. Mas até chegar no perímetro urbano, os motoristas precisam enfrentar um verdadeiro desafio, subindo uma grande ladeira. No caminho inverso, é preciso ter atenção ainda maior e bons freios, já que a lomba é íngreme e com diversas curvas, algumas fechadas.

Por conta desta topografia, a via é cenário de vários acidentes, especialmente na esquina com a Rua Canto Karling. Na semana passada, um caminhão carregado com canos de ferro perdeu os freios, rolando uma vez na via e parando de lado. O motorista não teve ferimentos graves. Em 29 de outubro de 2019, um acidente envolveu outro caminhão, que também perdeu a frenagem.

Ao lado da via, exatamente onde a curva fecha, há uma residência, hoje abandonada. Neste primeiro acidente, o veículo, de uma empresa paranaense, invadiu a propriedade e bateu na lateral da casa, que só não foi destruída por pouco. Mas o caminhão teve a cabine destruída. Por estes motivos, os moradores pedem maiores providências para a área.

Caminhão tombou na curva, mas motorista não teve ferimentos graves

Vizinho perdeu as contas de quantos resgates fez

“O pessoal não conhece muito a estrada, então acaba se arriscando e se perdendo no caminho. Acho que falta sinalização adequada aqui”, diz o aposentado Osmar Ludwig, que mora exatamente em frente ao local dos acidentes. Além de testemunhar as duas ocorrências descritas acima, foi ele quem acionou os Bombeiros de Picada Café no acidente mais recente.

Ludwig mora há cerca de três anos no local, e já perdeu a conta de quantos resgates já ajudou a fazer. A secretária Rejane Kleemann é outra que conhece a área. Ela própria já testemunhou pessoas feridas em acidentes ali. “Eu mesma já me acidentei ali, há uns dez anos”, afirma Rejane. Ela estava como passageira de um veículo que descia a 25 de Julho, na época, via de chão batido.

O proprietário da área é o cortador de mato Aloisio Olavo Pereira, funcionário da empresa de Rejane. “Ali tem um grande problema. Não tem nenhuma proteção, e nenhuma segurança. Já pedi para a Prefeitura, e eles não fazem nada. Com esses acidentes, assim eu não posso construir mais lá”, comenta ele.

Vizinhos dizem que ele teria externado o desejo de ir embora, mas seu Olavo nega. “Construir três vezes no mesmo lugar não dá, então acho que não adianta. Não tenho outro lugar para ir”, afirma o cortador. Enquanto não há uma solução definitiva, como um guard-rail ou uma proteção para o local, os moradores da região seguem com sua constante preocupação.

O que diz a Prefeitura

Procurado para comentar o assunto, o prefeito Henrique Petry reconhece o problema, e diz que são necessárias placas no local. No momento, a única sinalização do gênero é uma placa que fica no topo da lomba, indicando a necessidade de uso de freio motor. No momento, a Prefeitura até trabalha em uma nova sinalização turística. Um poste já foi colocado na esquina das vias.

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