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Comércio da região se adapta na expectativa da reabertura

15/04/2020 - 10h04min

Loja de materiais de construção instalou cones e fitas demarcadoras (Créditos: Arquivo O Diário)

Ivoti – Se nada mudar até lá, o decreto do governador Eduardo Leite que determina o fechamento do comércio em todo o Rio Grande do Sul vence na quinta-feira, 16. Com isso, as atividades não-essenciais até poderão retornar às atividades, embora a tendência é que isto ocorra com restrições à circulação, dentro e fora dos estabelecimentos.

Leite já afirmou em recentes entrevistas que considera reabrir os comércios de acordo com as características de cada região do estado, como número de casos confirmados da Covid-19 e leitos de saúde disponíveis. A maioria dos municípios, por sua vez, mantêm cautela, e aguardam a decisão estadual para liberar as atividades que não se encaixam nos parâmetros prioritários.

Basta circular pelas ruas dos municípios, especialmente nas zonas centrais, e ver que o movimento de pessoas por estes locais também aumentou. Os comércios em si já adotaram também precauções para evitar que estas aglomerações aconteçam, de forma a garantir a continuidade do negócio, e preservando a saúde de todos, evitando a proliferação do coronavírus.

Inspeção

O gerente de uma loja de materiais de construção do Centro de Ivoti, Matheus Herzer, comenta que reabriu o local na semana passada após uma inspeção da Vigilância Sanitária. “Estamos atendendo conforme as restrições do governo estadual, como distância de dois metros, funcionários utilizando máscaras e luvas e disponibilização de álcool gel”, comenta ele.

Outro gerente, mas de uma loja de eletrodomésticos, também do Centro ivotiense, Valmir Berndt comenta que o local já está aberto há alguns dias, porém somente para pagamentos em cartão ou a compra de algum item de emergência. Demais casos são resolvidos na porta. “Se a pessoa precisa esquentar leite para um filho pequeno e precisa de um micro-ondas, aí vendemos”, exemplifica ele.

Loja de roupas em Ivoti improvisou delivery

Quem não está no decreto de serviços essenciais improvisa como pode. O proprietário de uma loja de roupas em Ivoti, sob condição de anonimato, disse que seu comércio está realizando a tele-entrega de peças por meio de um motoboy. A pessoa prova e, se não ficar com ela, pede a retirada, tudo gratuito. Na porta da loja física, uma fita restringe a passagem de clientes.

Para o delivery funcionar, o comércio envia sugestões de modelos aos clientes via WhatsApp. Sendo uma atividade que envolve a manipulação de roupas, ele comenta que as mesmas receberam reforço na higienização. “Orientamos aos funcionários de que, as roupas que retornam dos clientes ficam guardadas em uma sacola e apenas podemos mexê-las após 24 horas”, afirma o empresário.

As atendentes de padaria Tatiane Breunig e Everlize Panassollo foram comprar nesta mesma loja. Levaram peças, mas se disseram surpreendidas com o bloqueio. “Fica complicado porque a gente, por exemplo, pede uma calça e elas trazem uma pilha de modelos. É diferente a nós mesmas circularmos pela loja. Mas isto é uma medida necessária”, comenta Everlize.

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