Como é a testagem de quem trabalha nos serviços essenciais de Nova Petrópolis

Nova Petrópolis – Até segunda-feira, 10, a Prefeitura realizou testes rápidos em 204 profissionais que fazem parte da linha de frente de serviços essenciais, como mercados, açougues, fruteiras, padarias e similares. Todos os resultados deram negativo para o coronavírus. Esta é a primeira fase da ampliação de testagens de Covid-19 no município. Profissionais de farmácias e restaurantes farão parte da 2ª fase, seguidos dos trabalhadores dos postos de combustíveis.

O Diário conversou com funcionários de 13 estabelecimentos pertencentes ao primeiro grupo, que explicaram como os testes estão sendo feitos. No Mercado e Açougue Serrano, na Fazenda Pirajá, a testagem foi feita depois que o proprietário Edio Schmokel fez a solicitação à Prefeitura. Schmokel contou que ficou sabendo que funcionários desta área seriam testados, e ligou em busca de informações. Um horário foi marcado para que uma equipe da Saúde fosse ao local e então quatro pessoas foram testadas, o resultado saiu logo em seguida.

Já no Supermercado Olinda, na Vila Germânia, a proprietária Bianca de Saiba contou que os testes foram feitos a partir de um contato da Prefeitura, que ligou e agendou um dia para que os funcionários passassem pelos testes. Para ela, saber que ninguém está com o vírus é um alívio, mas a testagem também trouxe certa aflição, pois se algum dos integrantes testassem positivo, provavelmente ela teria que fechar o local.

Na Casa de Carnes Hélio, Renan Zummach considera positiva a ação, já que são estabelecimentos que nunca fecham, independentemente da bandeira. Contudo, acha que ainda mais pessoas precisam ser avaliadas. “Todos resultamos negativos. Mas sempre recebemos clientes, de várias cidades, e aí podemos ser contaminados mesmo depois dos testes”, disse Zummach.

A 1ª fase ainda não acabou. Funcionários de alguns mercados disseram que ainda não fizeram os testes, mas têm horário agendado com a Prefeitura para esta semana. Enquanto outros, afirmaram não ter recebido contatado da secretária de Saúde. Em um deles, o proprietário disse que não tem interesse em passar pela testagem.

Diferença de critérios

Parte dos entrevistados disse que a Prefeitura faz um levantamento de quantos funcionários há no estabelecimento para saber quantos testes levar. Porém, conforme apurado pela reportagem, parece haver divergências nos critérios. Enquanto houve locais que tiveram cerca de 15 pessoas testadas, entre registrados com carteira assinada e funcionários temporários, outros disseram que a Prefeitura só testaria quem fosse fixo, não testando os “frios”. “Para nós, disseram que teria que ter carteira assinada, mas não verificaram”, afirmou uma das pessoas.

Bairros pesquisados

A reportagem foi feita a partir de entrevistados de estabelecimentos dos bairros Centro, Logradouro, Fazenda Pirajá, Vila Germânia, Vale Verde, Linha Imperial, Piá e Pinhal Alto. Somados os que já fizeram com os que estão agendados, chegam a cerca de 50 pessoas.