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Como o setor das cervejas artesanais da região está se reinventando na pandemia
Por
Rogério Savian
Mauri Marcelo Toni Dandel
Região – “Antes da pandemia a cervejaria estava com a fábrica operando no limite de produção, porém, as coisas mudaram rápido. O cenário era muito positivo. Mas com a pandemia ficou diferente. Tinha projeções de ampliar a estrutura física, mas agora o cenário é outro”. Esta fala é do cervejeiro Miguel Engelmann, de uma cervejaria de Dois Irmãos, mas ela exprime a realidade da maioria das cervejarias artesanais da região, dando um panorama da situação enfrentada pela maioria. E, assim como Miguel disse, para todos, o ano de 2020 havia começado com boas expectativas de eventos e também com boas vendas.
HUNSRÜCK
De acordo com Miguel, com a quarentena veio a oportunidade do setor se reinventar. Até então, eram produzidos 24 tipos de cervejas e chopes, mas, com o cancelamento dos eventos teve de manter apenas os que mais vendem. Atualmente o principal negócio está sendo pelo sistema ‘pegue e leve’. “Esse serviço já existiu, mas não era bem explorado. Agora tem se tornado nosso principal negócio, principalmente aos sábados de manhã”.
Em agosto Cervejaria Hunsrück completa 10 anos. Estava sendo planejada uma grande festa, que precisou ser adiada. “Mas a gente pode ter fé de que isso tudo vai passar. Talvez a gente comece a andar junto com a pandemia, mas tomando os cuidados por um bom tempo ainda”.
Hora de se reinventar
Miguel acredita que o ramo cervejeiro voltará maior do que antes. Por este motivo, projeta novidades, entre elas, está a retomada das atividades da Rota Colonial. Outra novidade é tornar o espaço de eventos da cervejaria um “biergarten” (jardim para tomar cerveja), aproveitando o espaço diferenciado que dispõe. No início do ano, aliás, a projeção era ampliar o espaço, com a construção de mais um prédio e preparar a área verde para os clientes poderem consumir ao ar livre. “Meu sonho é rever esse pátio cheio de pessoas. Proporcionar alegria a nossos clientes e amigos, como vinha acontecendo. Temos fé nisso”, finaliza Miguel.