Destaques

Corpo de Amarildo ainda não tem previsão de ser liberado do DML

10/01/2022 - 11h40min

Amarildo foi encontrado morto, sobre a cama, no quarto; na foto, a cozinha que foi atingida por último pelas chamas. (FOTO: Cleiton Zimer / detalhe: reprodução/Facebook)

Por Cleiton Zimer

Morro Reuter – Ainda não há previsão de liberação do corpo de José Amarildo Martins, 58 anos*, do Departamento Médico Legal (DML). O morador foi encontrado morto dentro da sua própria casa incendiada no Mato Comprido, na lateral da VRS-873, na tarde de sábado, 8.

De acordo com o delegado Felipe Borba, da DP de Dois Irmãos, está demora na liberação é o procedimento adotado quando uma pessoa morre em um incêndio, sendo considerada uma morte mais complexa e, portanto, é feita uma análise aprofundada para saber o que de fato houve.

“É preciso fazer a retirada de pedaços de fígado para ver se está em envenenamento, analisar o pulmão e o sangue para ver a quantidade de dióxido de carbono para ver se morreu por asfixia, se já estava morto quando a casa pegou fogo”, explica Borba, afirmando que a Polícia Civil aguarda o resultado dos laudos para dar andamento ao inquérito e, assim, tentar identificar o que aconteceu, a ordem das coisas.

O incêndio

Uma guarnição do Corpo de Bombeiros de Dois Irmãos foi acionada por volta das 15h de sábado e quando chegaram no local da ocorrência constataram a casa toda em chamas. O trabalho para apagar o incêndio e fazer o rescaldo durou cerca de uma hora e, enquanto o faziam, encontraram o corpo do morador em um quarto que fica nos fundos da residência. Ele estava na cama, com as pernas para fora; porém carbonizado e sem vida.

Fumaça

“A fumaça começou a sair pela janela aí chamaram os Bombeiros, depois vimos que ele estava morto”, lamentou um vizinho. O local foi isolado pela Brigada Militar de Morro Reuter até que o trabalho do Instituto Geral de Perícias fosse realizado, o que aconteceu ainda na noite de sábado.

Fogo pode ter começado no quarto

Não se sabe, até o momento, o que pode ter causado as chamas e as demais circunstâncias do ocorrido. Mas dadas as características do incêndio informações preliminares indicam que o fogo possa ter começado na parte dos fundos da residência e se alastrado para a frente.

O quarto onde o corpo de Amarildo foi encontrado é um dos últimos cômodos da casa, nos fundos. Lá o incêndio foi devastador. Já na parte da frente, na cozinha, as chamas também chegaram, porém, não com tamanha intensidade.

Por isso, acredita-se que o fogo tenha começado ou no quarto onde Amarildo foi encontrado, ou em um cômodo próximo dele. Mas para fins de clareza, somente o resultado dos laudos e o trabalho da Polícia Civil poderá apontar com exatidão o que houve.

A residência fica anexa às antenas, cuja área foi justamente locada para a instalação delas. Para fazer seu trabalho o Corpo de Bombeiros teve que cortar a cerca na lateral do terreno e, só assim, conseguiram entrar – além de terem que tomar cuidado com ao menos três cães que estavam soltos no pátio.

Luto na comunidade

“Semana” trabalhou por muito tempo como servidor da Prefeitura, há muitos anos. Era conhecido no município e na região. Atualmente morava sozinho no local.

Um dos primeiros familiares a chegar na residência após o incêndio foi seu irmão, que ficou abalado quando soube da morte de Amarildo. Ainda em choque, chorando e sem acreditar, disse que teria que “preparar a mãe para o sepultamento do próprio filho”.

Sair da versão mobile