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Criminosos se passam por outras pessoas para pedir dinheiro em Herval

18/06/2021 - 20h36min

Atualizada em 22/06/2021 - 11h17min

Mensagens trocadas por uma moradora de Herval, cuja "suposta irmã" trocou de número e depois pediu dinheiro. Como se pode ver, a conta do destinatário é desconhecida.

Por Cleiton Zimer

Santa Maria do Herval – Nos últimos dias uma onda de números de telefone se passando por outras pessoas para pedir dinheiro emprestado pelo WhatsApp tem chamado a atenção dos moradores, causando receio e dor de cabeça para muitos.

Não se trata de clonagem. Na verdade, o que o criminoso está fazendo é usar uma foto de alguém e, com isso, manda uma mensagem pelo Whats com um número estranho, alegando que teve que trocar seu número e pede para salvar o novo contato.

Conversa vai, conversa vem, logo no começo o estelionatário já pede algum dinheiro emprestado, falando que o aplicativo do banco ainda não está habilitado no aparelho novo, ou coisa parecida. Diz que logo depois irá devolver. E os valores são altos.

É golpe. Jamais deve se transferir qualquer quantia em dinheiro quando alguém pede pelo WhatsApp de forma suspeita. Se, por ventura, alguém solicitar, a orientação é que se ligue para a pessoa, se fale com ela, certificando-se que é ela mesma que pediu. Se puder, ainda, o melhor é resolver isso pessoalmente, frente a frente.

Até o momento nenhuma ocorrência foi registrada na Delegacia de Polícia Civil da cidade. Entretanto, chama a atenção o fato de isso estar ocorrendo em peso no município nos últimos dias. Aliado a isso, o criminoso sabe exatamente o nome da pessoa para quem manda a mensagem. Como exemplo: “Oi *Ana, aqui é *João (criminoso), tive que trocar o número”. Ou seja, a *Ana é o contato destinatário e, o nome de *João é o correspondente à foto.

Com base nisso, recai suspeita de que a ação esteja sendo cometida por criminosos dentro do próprio município, ou, então, que possuem uma relação com as vítimas para saber exatamente que foto usar e para quem mandar a mensagem com o nome correto. Uma vez que nas conversas às quais a reportagem teve acesso os números originais estão protegidos pela verificação em duas etapas, ou seja, é impossível violar as informações pessoais das mesmas pelo aplicativo.

Ao mesmo tempo a conta fornecida pelo criminoso é de alguém totalmente desconhecido, que não corresponde à identificação da pessoa que mandou a mensagem. Mais um motivo para não efetuar o depósito. Além disso, a forma como o criminoso fala raramente compactua com o tratamento usual da pessoa pela qual está se passando.

Pode parecer simples para reconhecer o golpe para a maioria, mas, infelizmente, algumas pessoas, principalmente idosos e que não possuem tanta intimidade com a tecnologia, acabam sendo alvos fáceis dos estelionatários.

*Ana e João são nomes fictícios usados para ilustrar o exemplo, não se deve atribui-los à prática.

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