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Delegado operacional: reforço para a segurança de Estância Velha

14/09/2020 - 13h17min

FOTO: ISAÍAS RHEINHEIMER

Estância Velha – A segurança pública ganhou um reforço importante para a sequência do trabalho de combate a criminalidade. Depois de um ano sem delegado titular, desde a saída do delegado Luiz Fernando Nunes da Silva, o Delegacia de Polícia passa a ser comandada pelo delegado Rafael Sauthier, que tem 18 anos de carreira, com trabalhos emblemáticos à frente das delegacias que já atuou.

Sauthier, que assumiu a DP local há uma semana, ainda está tomando pé da situação para depois definir uma estratégia de trabalho. Entretanto, o delegado destaca que buscará, em um primeiro momento, atender as requisições encaminhadas pelo Poder Judiciário e pelo Ministério Público, pois entende que as respostas são fundamentais para o funcionamento da Justiça.

Contudo, adianta que a população estanciense pode ter a confiança de que ganhou um reforço no combate ao crime. “Sou um policial operacional, gosto de participar dos trabalhos de maneira ativa. O bom policial é aquele que pega junto e o meu perfil é esse. Sou um defensor da sociedade, sou apaixonado pela profissão”, declarou. Rafael Sauthier diz que preza pelo trabalho “bem feito” e que o ponto de partida disso é atender bem a população.

FRENTES DE TRABALHO

O delegado esclarece que manterá o trabalho de repressão ao crime organizado, coisa que já acontece de maneira permanente na DP local, e pretende ampliar as ações com o objetivo de desorganizar o crime e descapitalizar as facções que eventualmente tentem se estabelecer no município. As ações de combate aos crimes ambientais, o que seguidamente coloca Estância Velha em evidência, e a repressão aos casos de violência doméstica também seguirão. A vida dos estelionatários também ficará mais difícil caso insistam em aplicar golpes em Estância Velha. “Ainda, vamos trabalhar para dar solução aos homicídios, sempre que houverem”, colocou.

Sauthier observa que Estância Velha está bem servida no que diz respeito a estrutura da DP. Além do bom espaço físico, tem uma equipe qualificada e equipamentos para fazer frente aos casos que investiga. O delegado também reconhece a importância do plantão 24h, que atende moradores e policiais da Encosta da Serra, inclusive aos finais de semana, e avisa que ele será mantido.

O delegado comemora, ainda, o entrosamento da delegacia com os demais órgãos de segurança, como Ministério Público, Brigada Militar e Guarda Municipal, e comemora o fato de a cidade ter um Consepro atuante.

Trajetória

Natural de Caxias do Sul, Rafael Sauthier tem 49 anos e é delegado desde 2002. Depois de cursar Direito na UCS, prestou concurso para delegado e passou. Ele começou a carreira em Uruguaiana, onde ficou por dois anos. Depois, pediu transferência para Sapucaia do Sul, para ficar mais perto da família. Na sequência, recebeu a missão de atuar em Porto Alegre, como delegado plantonista. Foram 11 anos trabalhando na Capital, inclusive em DPs Volantes, até que decidiu voltar para o Vale do Sinos.

Depois de atuar na DPPA Novo Hamburgo, foi designado para assumir a DP de Parobé, onde comandou os trabalhos por cerca de três anos. Na DP do Vale do Paranhana, Sauthier conquistou resultados significativos apesar da reduzida equipe. “Lá fizemos chover para cima”, considera. Em ações sistemáticas contra uma facção, para dar fim ao número desenfreado de homicídios, conseguiu resolver o problema prendendo os matadores da quadrilha e apreendendo um arsenal de guerra, inclusive um fuzil, duas pistolas 9mm e centenas de munições.

Finalizada a missão em Parobé, voltou a atuar na DPPA Novo Hamburgo, até que surgiu a ideia de assumir a DP estanciense. Paralelamente a sua atuação como delegado, Sauthier também é professor do curso de Direito na Faccat há três anos. Além disso, em 2015, lançou um livro em que abordou, na época, um tema inédito no Brasil. O livro “A Identificação e a Investigação Criminal Genética”, aborda a Lei 12.654 de 2012, que regulamentou a formação do banco de dados de indivíduos no Brasil, onde acusados de crimes são obrigados a fornecer material biológico quando condenados ou por ordem judicial.

Mais recentemente, o delegado assinou um capítulo de um livro de autoria do promotor aposentado Jorge Trindade.

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