Dia das Mães: famílias usam tecnologia para diminuir distância do isolamento social

Ivoti – O próximo domingo, dia 10, certamente será uma data para entrar na história como sendo um dos Dia das Mães mais diferentes já vividos. Para tentar diminuir a distância criada pelo isolamento social do combate ao coronavírus, muitas das homenagens às mães serão realizadas de maneira virtual, através de videochamadas e conversas pelas redes sociais.

Este é o caso da idosa Maria Rita Warken, de 76 anos, moradora do bairro Harmonia. Em casa desde que iniciou a pandemia, ela recebe os cuidados e auxílios da filha Caroline, que também reside no município. Dos outros três, Gabriela, Júnior e Mary Ane, que residem em Sapiranga, Gravataí e Vancouver, no Canadá, respectivamente, e dos netos, a solução para a saudade é recorrer a uma maneira que até então não fazia parte da rotina da aposentada.

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Com filhos na Região Metropolitana e no Exterior, Maria Rita passará a data em casa

Conforme Maria Rita, a esperança era de que a data pudesse ser celebrada com toda a família, mas entende a situação do momento. “Fazer o que, não é? Nós temos que nos conformar. É melhor levar numa boa”, comentou. “Mas estou esperando uma surpresa, talvez eles apareçam aqui, meio de longe, para me ver”, brincou.

Aproximação virtual

A aposentada conta que, antes da pandemia, sempre recebeu visitas constantes de seus filhos e netos em sua casa. Agora, o convívio com os familiares depende da tecnologia e das redes sociais, principalmente do WhatsApp. Neste Dia das Mães não será diferente: o contato dependerá destas ferramentas. “Seria melhor poder abraçar estar junto, mas também não vamos fazer disso um problema”, destacou Maria Rita.

Saudade continua

Para uma das filhas, Gabriela, que reside em Sapiranga, esta situação vivenciada, de passar longe da mãe esta data, nunca havia ocorrido antes. “Vai ser um Dia das Mães distante, mas o amor continua. Nós usamos bastante a videochamada para ver a mãe e para que ela possa ver os netinhos também, mas não é a mesma coisa que estar perto”, afirmou Gabi, como é carinhosamente chamada. A conversa de vídeo, registrada pela reportagem, encerra com um distante mas caloroso “eu te amo” entre mãe e filha.

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Roseli aguarda ansiosa pelo reencontro com o filho Gustavo

“Sentindo cada vez mais perto”

Um outro exemplo de mãe que passará longe do filho neste domingo é de Roseli Haubert. Ela espera ansiosa pelo retorno de Gustavo Blume para o Brasil. O ivotiense está desde o início da semana retornando ao país após ficar isolado no extremo sul do Chile enquanto contornava o continente a bordo de um Ford Ka. “Sempre apoiei esta viagem dele, mas estou muito feliz com a volta, mesmo com a sensação de que ele não estará por aqui no domingo”, comentou. “Mesmo ainda distante, dá para sentir que ele está cada vez mais perto”, completou Roseli, que passará a data com o marido e as duas irmãs de Gustavo.