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Diário Rural: Morador do Campo Grande cria pavão e outras aves exóticas
Um hobby que vem crescendo e virando negócio
Por Leila Ermel
Estância Velha – Morador da área rural desde que nasceu, Fernando José de Abreu, cresceu nas terras da família, localizadas no Morro Agudo. Herdou do pai, Sr. Nereu Ferraz de Abreu, não somente a profissão de pedreiro, mas também o gosto pelas lidas da terra como a plantação de eucalipto e acácia, a qual mantém como complemento de sua renda. Ultimamente, seu xodó, além da família, é a criação de aves exóticas na sua propriedade, no Campo Grande, onde mora com a esposa, e o filho de 4 anos, Muriel.
Há 10 anos já criava algumas raças de galos e galinhas, ainda na casa dos pais. Mas há cerca de 7 anos, quando assumiu sua terra, onde tem o galpão com as espécies que cria, fez com que a dedicação aumentasse e o que considerava um hobby, está se transformando em um negócio de subsistência. “Sempre gostei da terra, da área rural, onde cresci e vivo. Já no meu pai eu criava algumas aves. Mas quando assumi aqui, fui ampliando a compra de aves de diferentes raças”, fala Fernando.
As espécies
Nesta área situada na calmaria da zona rural, é comum se deparar com as galinhas d´angolas correndo. Ela são muito ágeis. “Uma curiosidade delas, identificam de longe a proximidade de algum gavião. Ficam agitadas que só e correm para tentar se proteger” conta. Em seu criatório, os espaços são separados por raças.
Hoje, aos 35 anos, seu hobby com os amigos virou uma forma rentável de manter sua admiração por estes animais. “Como a tecnologia e a inovação ajudam muito no cuidado com a propriedade, tenho grande parte automatizado. Instalei um sistema de água automático, que distribui água e remédios quando necessário. Afinal é muito importante cuidar para que não tenham vermes, e nestas mudanças constantes de temperatura estas aves costumam ter sintomas de gripe. Como já estamos acostumados a monitorar isso, de imediato medicamos conforme recomendação”, destaca.
Fernando conta com um sistema de monitoramento com câmeras, as quais podem ser acessadas via app no celular ou computador. “Com isso podemos controlar água, bombeamento, temperatura, tudo pelo telefone. Isso instiga a investir cada vez mais neste empreendimento. Estou reformando e criando espaços ainda mais adequados para elas”, assegura.
Rodízio
Hoje com cerca de 40 aves exóticas, Fernando tem em sua criação as raças:
Galo Fênix, Pavão Azul (macho e fêmea), Galinha Carijó, Peru, Mini Cochin, Brahma Light, Brahma Dark, Brahma Perdiz, Orpington, Polonesa, Zebright, Garnizé, Nagazaki, Belgin Mil Flores, Galinha D´angola. Mas o rodízio é constante, já que realiza venda tanto das aves quanto dos ovos. Os filhotes têm tido uma maior saída. “Pessoas de várias regiões do estado tem nos procurado para ver as aves, e de imediato ficam admirados e efetuam a compra”, relata.
Marrecos
“Adoro viver aqui, onde vivo com a família, com tranquilidade e uma natureza ímpar, rodeado das belezas que a natureza nos presenteia. Ainda estou arrumando tudo, o parquinho do meu guri, o meu açude, quero ampliar toda a estrutura do criatório que estou arrumando e adequando conforme as necessidades das aves. Em breve vou investir em marrecos Mandarim e Carolina”, prevê.
Pavão Azul
Um dos principais destaques ao se chegar ao local, são os belos pavões azuis. Os dois machos são lindos, vistosos e logo chamam a atenção de quem passa por lá. Um deles tem cerca de 10 anos, ou outro tem um pouco mais de três anos, e cada um deles tem duas parceiras no reservado. “As pessoas que vêm aqui para ver as aves, logo ficam encantadas com a beleza do pavão, ainda mais se tiverem a sorte de ver com a cauda aberta. Os nossos geralmente abre a cauda somente pelo meio-dia, quando a temperatura começa a ficar mais amena. Tem o período do ano que eles perdem todas as penas e elas tem um bom valor comercial, mas a gente não tem muita ideia de onde negociar, vendemos a mais ou menos R$2,00 a unidade”, pondera.
Troca e venda
Fernando é um criador de aves exóticas que está gradativamente ampliando o processo de criação, troca e comercialização. A rotatividade de filhotes, ovos e aves tem sido bem representativa. Isso fez ele repensar o futuro, já que tem o total apoio e engajamento do pequeno Muriel, seu filho de quatro anos que já ama as aves, ajuda a alimentar, inclusive tem sua galinha garnizé de estimação, a Nina.
Futuro
“Sou muito feliz aqui, recebo pessoas de várias partes interessadas nas aves. Sigo fazendo meus trabalhos de pedreiro, na plantação dos eucaliptos e da acácia. Vendo o apoio da minha família e o carinho que meu filho já tem pelos bichinhos, com certeza é um motivo a mais para seguir. Aos poucos vamos ajeitando tudo. Recentemente plantei pitayas, tenho meus pés de butiá e uma vida tranquila em meio ao campo. Só tenho a agradecer, finaliza.
Pessoas interessadas em saber mais informações podem contatar pelo telefone 51 997056853.