Conecte-se conosco

Destaques

Dois Irmãos: calor extremo é um desafio a mais para quem trabalham no sol

04/01/2022 - 10h59min

Os pedreiros Eliseu e Leandro trabalhando no sol na tarde de ontem (FOTO: Cleiton Zimer)

Por Cleiton Zimer

Dois Irmãos – Todos sentem os efeitos do calor desta época, mas, só quem trabalha sob o sol escaldante sabe o quão difícil é enfrentar uma temperatura de 40 ºC sobre as costas o dia todo que, aliada à sensação de abafamento, gera inúmeras dificuldades e perigos para a saúde.

Falamos dos agricultores, pedreiros, servidores que limpam as ruas, vendedores que precisam trabalhar no sol e por aí vai. Não tem como fugir, não tem como não trabalhar; o jeito é ir, com muita disposição, coragem e, água, para se manter hidratado; sem esquecer, claro, do bom e velho protetor solar.

Suor escorrendo

Enquanto muitos desfrutam das férias no litoral, nas piscinas, ou na beira de um rio, o ano já começou com tudo para os pedreiros. Ontem, dia 3, foi o primeiro dia útil de 2022 e lá estavam Eliseu Engelamann, 52 anos, e Leandro Real Pires, 41 anos, dando continuidade a uma obra no bairro Industrial, na lateral da Av. Sapiranga, em Dois Irmãos.

Era por volta das 15h30 e sol estava apino sob suas cabeças; o termômetro digital da Av. Irineu Becker registrava 39 ºC naquela hora. O suor dos trabalhadores escorria enquanto preparavam a massa de concreto, que carregam com baldes até o fundo do terreno pois o acesso é difícil. “Não é fácil não, lá quase não dá para respirar”, disse Leandro, enquanto tentava repousar um pouco sobre a sombra de uma pequena árvore na calçada para recuperar o fôlego.

Entre uma pá e outra de areia e cimento, Eliseu afirma que a lida de pedreiro não é simples. “Haja água”.

Mas nada de reclamar não, afinal, há muito trabalho pela frente; Leandro diz que estão com muito serviço, o que é muito bom.

Nada de desanimar

João e Élio varrendo a Av. Sapiranga sob o sol na segunda-feira, 3 (FOTO: Cleiton Zimer)

Um pouco mais adiante, também na Av. Sapiranga, João Carlos Teixeira, 64 anos, e Élio Alípio Qretmann, 65 anos, estavam varrendo a rua, recolhendo as folhagens, garantindo que a estrada e a calçada estejam em boas condições para quem às utiliza. Lamentaram o calor, estavam suados mas felizes e sorridentes ao mesmo tempo.

 

Conteúdo EXCLUSIVO para assinantes

Faça sua assinatura digital e tenha acesso ilimitado ao site.