Dois Irmãos: Secretaria de Educação acompanha o bem-estar dos alunos

Dois Irmãos – Gerir a educação em um município vai muito além de apenas dar aulas e atividades à distância em função da pandemia. Neste sentido, a Secretaria da Educação está trabalhando intensivamente para saber como os estudantes da rede municipal estão se sentindo neste momento.

Em uma primeira avaliação, a perspectiva da pasta é de que os alunos estão com saudades das aulas presenciais e dos momentos em grupo com os amigos. Esta realidade não é apenas da educação infantil e anos iniciais, que devem ser os primeiros a retornarem às escolas, mas também dos chamados pré-adolescentes, como são chamados os alunos a partir do sexto ano do fundamental.

De acordo com a secretária de Educação Denise Maldaner, este trabalho de saber como estão se sentindo mostra como a pasta está empenhada e preocupada com a formação destes estudantes também como pessoas. “Eles estão se sentindo angustiados, com saudades e querem voltar às aulas. Nós precisamos parabenizar eles pelo esforço que estão fazendo por estarem presentes nas atividades virtuais, empenhados em manter a educação”.

A secretária ressalta ainda que os alunos estão se superando neste um ano de aulas à distância e acredita que virá uma geração que valorizará muito a família, as relações sociais e as atividades ao ar livre. “Isto mostra a importância da vida escolar, que precisa continuar e está continuando”.

Desenhos dos alunos Daiane Backes, da EMEF 29 de Setembro, e Maria Martins e Vitória Kitaich, da EMEF Paulo Arandt

Bem-estar do aluno

Este trabalho pode ser conferido através da revista Palavra do Educador, lançada de forma virtual em dezembro do ano passado pela Secretaria, que trata dos desafios enfrentados pela educação, entre estes, das emoções e do bem-estar do aluno durante este período de aulas à distância. A educadora Nadia Helena Schneider conta que os alunos dos anos finais tiveram atividades de desenho com as temáticas “Do que sinto saudades da escola?” e “Estudar em tempo de pandemia”.

Ela cita ainda que as escolas estão se solidarizando e se disponibilizando para ajudar as famílias a acessarem as plataformas digitais para as aulas, como forma de democratizar o ensino e como preocupação para que os alunos possam se encontrar. Grande parte desta preocupação é com os alunos pré-adolescente, que estão em idade de criarem autonomia, de acordo com Nadia. “Eles precisam muito de orientação, de um olhar especial e um ambiente de conversa com os pais. Está sendo um desafio manter esta rotina escolar com eles, mas estamos conseguindo este avanço”.

Escolas atentas aos estudantes

Uma das principais ações realizadas pela Secretaria é orientar escolas a entrarem em contato com os alunos e com as famílias, seja para monitorar a situação do estudante e até mesmo para verificar o envolvimento deste nas atividades escolares e fora deste ambiente. Entre as preocupações, está no conteúdo em que os alunos acessam na internet, em função de que muitos destes trazem conteúdos não adequados e nada instrutivos para crianças e pré-adolescentes.

Neste sentido, a educadora Marlene Schmitt conta que as escolas estão trabalhando muito também na humanização dos atendimentos e empatia pela situação das famílias. “Em alguns casos, onde as famílias não tem acesso à internet e não podem buscar ou entregar as atividades no dia certo, é permitido que os alunos entreguem mais adiante as atividades. É necessário este tipo de entendimento em momentos como estes”.