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Dois Irmãos: “Sempre quis ajudar as pessoas daqui e agora posso fazer isso”

11/09/2021 - 16h55min

Dirceu tem quase 18 anos de trajetória na Polícia Civil (FOTO: Cleiton Zimer)

Por Cleiton Zimer

Dois Irmãos – Dirceu Jacó Pies, 41 anos, é natural de Dois Irmãos e conhece os traços culturais e de desenvolvimento da cidade. Desde a infância almejava ser policial e atuar na região. Após uma longa trajetória de 15 anos na Polícia Civil, em 2019 veio para a Delegacia de Dois Irmãos e, agora, se sente em casa.

Ele se formou em Filosofia no ano de 2002 mas não chegou a lecionar. Como tinha o objetivo de atuar na segurança pública, logo após concluir a faculdade, em 2003, prestou concurso para a Polícia Civil. Encarou e deu certo. Foi aprovado.

Sua primeira experiência profissional na área foi em Alegrete, em fevereiro de 2004. Ficou lá por seis meses e depois conseguiu uma transferência para Esmeralda – cidade da região de Vacaria – cuja Delegacia também atende o município vizinho de Pinhal da Serra, que fica na divisa com Santa Catarina.

Ficou lá por nove anos trabalhando sozinho. Dirceu conta que foi para ajudar um colega e, quando chegou, atuaram juntos por um mês e, depois, esse colega tirou férias e não voltou mais. “Fiquei praticamente sozinho lá, atendendo as duas cidades”.

Os dois municípios juntos chegavam à aproximadamente cinco mil habitantes; entretanto havia a construção de barragem em andamento em Pinhal e, nela, cerca de quatro mil funcionários. Apesar de estar sozinho, Dirceu conta que este foi um período importante no seu trabalho frente à polícia, pois tinha que desempenhar as mais variadas funções na Delegacia.

Depois desse período veio para mais perto, atuando por quatro anos no plantão em Sapiranga. Por fim, em agosto de 2019 começou a trabalhar em Dois Irmãos. “Desde que entrei para a polícia minha ideia era trabalhar aqui, pois conheço Dois Irmãos e Morro Reuter. Sempre quis ajudar as pessoas daqui e agora posso fazer isso”.

Dirceu durante o treinamento na Academia de Polícia em 2003, praticando tiro com calibre 12 (FOTO: arq. pessoal)

“Du bist wie ich, jetzt kann ich besser sprechen”

Dirceu considera que estar próximo à comunidade com a qual cresceu ajuda a desenvolver um bom trabalho na polícia. Ele fala o Hunsrik e, com isso, consegue apoiar principalmente os idosos que tem dificuldades em se expressar em português. Conta que muitos chegam à DP e, quando veem que ele fala o alemão dizem: “Du bist wie ich, jetzt kann ich besser sprechen”, ou seja, “tu é que nem eu, agora posso conversar melhor”.

Dirceu afirma com propriedade que “Dois Irmãos é o paraíso”, explicando que a criminalidade é bem menor comparada a outros lugares nos quais já trabalhou. “Tanto nós como a Brigada Militar nos dedicamos ao máximo para que isto não se perca, para mantermos a qualidade de vida que tem aqui”. Analisa que o fato da cidade ter poucas saídas contribui para isso, o que impede que criminosos tenham êxito em seus delitos por não ter para onde evadir.

O objetivo é sempre prestar um bom atendimento. “Às vezes a pessoa vem desesperada aqui e, o que a gente faz é mais uma acolhida, uma conversa. Muitos saem mais aliviados daqui do que entram”, diz Dirceu, que mora com a esposa e os dois filhos em Morro Reuter e, praticamente todos os dias vem pedalando para o trabalho em Dois Irmãos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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