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Dona do cão torturado e morto em Lindolfo se manifesta após condenação do menor

09/02/2022 - 17h58min

Lindolfo Collor – Tutora do cachorro conhecido como ‘Perigo’, a advogada Kerlen Cabrera, entende que a decisão não é adequada. “Esse menino precisa de tratamento. Não acredito que ele tivesse total domínio do que estava fazendo”.

A advogada também considera que seria vingança dizer que está contente. “Eu não estou feliz, mas achei que a pena era óbvia, por ser um crime hediondo. Só acho que ele deveria se tratar. O perigo não volta mais, mas depositar esse menino num lugar assim não é a solução”.

Cabrera manteve a versão apresentada em depoimento à polícia, de que o animal foi furtado em frente a sua casa e contesta a defesa do menor. “O advogado tentou me desqualificar e afirmou que eu teria dito várias coisas, que o cachorro fugiu. Não é verdade. Meu filho me contou que um homem passou correndo e levou o Perigo. O resto eu soube pela imprensa”.

Condenação

Atos infracionais de furto e maus-tratos qualificados (seguido da morte de um cachorro). Essa foi a condenação dada pela Justiça ao jovem de 17 anos, morador de Lindolfo Collor, que torturou e matou o cão durante uma transmissão ao vivo em um grupo de extremistas e neonazistas na Deep Web – que é uma área da Internet que fica “escondida” e tem pouca regulamentação. De acordo com a Polícia Civil, ele teria furtado o animal justamente para isso.

Quem assinou a decisão e responsabilizou o menor foi o juiz Miguel Carpi Nejar, que responde pela comarca de Ivoti. O documento foi assinado na segunda-feira (7). Ele determinou a aplicação da medida socioeducativa de internação pelo período de três anos, mediante reavaliação semestral e com tratamento psicológico, sem atividades externas.

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