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Eleições 2020: Mara Stoffel fala das suas propostas para o Herval
Por Cleiton Zimer
Santa Maria do Herval – Sendo a primeira prefeita do município, Mara Stoffel (PDT) está buscando a reeleição junto com seu vice Gilnei Capelett (MDB). Mara foi vereadora em 2012 e presidente do Legislativo naquele ano por ser a mais votada. Gilnei foi eleito vereador em 2008 e 2012. Junto na coligação, faz parte o PSB.
– Como enxergas a Administração de Santa Maria do Herval atualmente?
“Em 2017 quando entramos tínhamos uma proposta e, hoje, vemos que ela refletiu positivamente para a população. Viemos com cinco Secretarias que estão efetivadas e refletiram em obras. Diante do contexto administrativo no ano passado o orçamento era de R$ 25 milhões e a expectativa para esse ano seria R$ 27 milhões. Estamos no mês de outubro e apenas atingimos R$ 20 milhões, então, a pandemia em muitas situações nos deixou ociosos. Mas enxergo a Administração com bons olhos”.
“A ideia nesses quatro anos é direcionar o Plano Diretor para termos uma área industrial e trazermos investidores”
– O que pretende fazer para atrair mais empresas para o município e manter as que já estão aqui, conseguindo aumentar a arrecadação de impostos e geração de empregos?
“Para trazer novas empresas a ideia nesses quatro anos é direcionar o Plano Diretor para termos uma área industrial e trazermos investidores. Nosso município é muito amplo no sentido de investir, mas ficamos numa situação onde Gramado é de um lado e BR-116 do outro, e aí entra a outra necessidade pela qual já estamos lutando há quatro anos, para que a RS-373 seja efetivada junto ao Governo do Estado”.
“Já estamos lutando há quatro anos, para que a RS-373 seja efetivada junto ao Governo do Estado”
– Como pretende auxiliar os produtores rurais quanto à instalação da rede trifásica? Uma reivindicação antiga.
“Isso é um problema desde que o município existe. Nesses quatro anos tivemos várias situações onde a trifásica nos faltou, inclusive onde tínhamos poços de água. Rede trifásica paga pela gestão não temos nenhuma, o custo é altíssimo. Já tivemos três propostas de projetos e infelizmente a Administração não tem como pagar, porque a média de um projeto é em torno de R$ 1 milhão, isso encarece muito e cobrar da população eu tenho certeza que é inviável. Mas a luta é que a RGE faça sem ter custo, mesmo sendo bem difícil. Temos dois projetos em andamento direcionados para que não gere custo tanto para o município quanto para a população”.
– De que forma pretende fomentar o esporte no município?
“Estamos aí um ano sem esporte. Sempre digo que ele é associado com saúde, educação, com tudo. Hoje, dentro do contexto municipal, o que o pessoal mais nos pede é futebol. Quando entramos fizemos campeonato de vôlei e, também, pequenos talentos em 2017 – mas em 2019 não tinha mais interesse. Buscamos sempre ofertar.
O futsal e vôlei não podem parar, o que tem permanece. Gostaria de reavivar o futebol de campo, pois tem vários ociosos. Nos pediram uma pista de skate, é uma coisa para se pensar para o futuro, dentro do nosso plano podemos avaliar essa questão. Ginásio Municipal é uma questão que discutimos muito, mas está em análise, em estudo”.
– O Herval se caracteriza como uma cidade turística. O que pretende para fomentar esse setor ainda mais?
“Já avançamos bastante nesses quatro anos, mas agora devido à pandemia tivemos uma parada. A ideia do turismo é fazermos agora um plano municipal, que é necessário. Estamos inseridos no Vale Germânico e na Rota Romântica e isso vai agregando no município.
Olhando nossas belezas naturais, podemos expandir muito no turismo. Já temos investidores do próprio local. A ideia é continuar avançando nesse sentido”.
– Quanto ao atendimento dos postos de saúde do município? Qual sua visão sobre isso?
“É uma questão de prioridade e no que a gente mais precisa focar para estar bem. Na atual Administração conseguimos avançar, trazendo mais especialidades. Teremos de ampliar aquilo que for possível dentro do orçamento. Graças a Deus conseguimos a liberação daquele elefante branco, que já estava parado ali há 16 anos em processo. Nessa gestão foi feito um projeto para o Ambulatório para podermos usar aquele complexo e iniciamos uma parte, porque ele tem um custo elevado e será feito em quatro etapas. Avançamos bastante. Compramos um gerador; ampliamos o posto da Boa Vista e no Centro. Tudo pensando em qualificar o serviço para a população”.
DESAFIOS
“Hoje na nossa rede municipal da Educação Infantil temos em torno de 60 vagas que até final do ano teríamos a deficiência. Adquirimos um terreno na Vila Amizade já pensando em ampliação, porque essas que a gente tem hoje não nos permitem isso. O terreno já foi adquirido para fazer uma nova unidade, para ter o espaço físico que é o que a gente precisa e, depois, conforme a demanda a gente vai adaptando à situação. A ideia é começar a construir a partir do ano que vem”.
“Olhando nossas belezas naturais, podemos expandir muito no turismo. Já temos investidores do próprio local”
Saúde
“Temos a dificuldade nessa gestão com as agentes de saúde, que é uma coisa que foi cobrado e a nossa ideia é sempre ampliar e, quando mais ampliar, mais benefício da população. Para isso acontecer precisamos ter aquele olhar de direcionar o que conseguimos pagar. Claro que a população hoje não está desassistida. Se conseguirmos alcançar nosso objetivo, poderemos dar continuidade à obra do Ambulatório e usar aquele complexo, colocando a fisioterapia na parte superior, instalar um elevador, sempre direcionando para o bem da população”.
Agricultura
“Hoje temos uma deficiência atual que é a aquisição de um caminhão que queríamos já ter feito esse ano, mas, devido à pandemia, tudo nos dificultou. Assim que tivermos condições vamos adquirir, assim como uma retroescavadeira que também está sendo estudada. Claro, vamos atrás de recursos federais para conseguir atender as demandas, temos que sempre trabalhar junto ao Governo Federal para conseguir. Também temos os incentivos, mas podemos ampliar mais, pois os aviários estão fluindo bem e é um retorno para o município e agricultor”.
Obras
“Temos mais de 600 quilômetros de estradas. Tem um quadro reduzido de funcionários diante do contexto, mas teremos que manter as roçadas, o ensaibramento, pois tudo isso é fundamental, principalmente manter as estradas em boas condições. Uma das outras situações que têm dado muito certo nessa gestão são os calçamentos, o pessoal está bem satisfeito e favorece tanto o morador como o município e, essa parceria, precisa continuar. A mecânica ainda está no Centro; alugamos uma área e a Secretaria de Obras vai para lá, assim que a energia elétrica for conectada”.
Segurança
“A Brigada Militar é nossa grande parceira, é direcionada pelo Governo do Estado e o que nós como órgão público municipal temos que fazer é manter essa parceria. A luta é permanecer com o Consepro, lutar sempre por mais efetivo; já tivemos reuniões sobre o monitoramento por câmeras, mas, para isso, o efetivo precisa ter ao menos 10 trabalhando – temos seis, para funcionar 24 horas. É um sistema que permite tirar um pouco da criminalidade das ruas. Nossa ideia é colocar na entrada da cidade e, aos poucos, ir avançando por etapas”.
Educação
“Zelar pelos professores e pelas crianças, sempre temos que ter o olhar direcionado para isso, é primordial dentro de uma gestão. Iremos manter o transporte escolar, tanto para as municipais e estaduais, pois é fundamental. Teremos que viabilizar o uso das novas tecnologias dentro do ambiente escolar; a pandemia nos exigiu isso, então teve um impacto e isso nos direcionou para esse olhar. Queremos ampliar o acervo da biblioteca, melhorando o espaço físico para as pessoas ficarem mais à vontade”