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Em final de semana das mães atípico, Centro de Ivoti tem grande movimentação

09/05/2020 - 11h15min

Atualizada em 09/05/2020 - 11h21min

Ivoti – Há três meses, a cena não chamaria a atenção de ninguém. Forte movimentação de veículos na Avenida Presidente Lucena no Centro, alta circulação de pessoas nas calçadas cuidando das suas rotinas e bom movimento no comércio em geral. Mas a manhã ensolarada deste sábado, 9, não é um momento qualquer. O fluxo do Centro nesta data impressiona, por se tratar de um dia em meio a uma pandemia que tem assustado o mundo inteiro.

O Dia das Mães, celebrado neste domingo, 10, levou a comunidade às ruas. Que com responsabilidade e paciência, formam filas em frente aos estabelecimentos, todos devidamente com máscaras de proteção, aguardando sua vez para comprar um presente.

Em uma rápida circulação pela área comercial, se percebe comerciantes animados com a possibilidade de reverter um pouco o impacto negativo causado pelo fechamento forçado das lojas, e clientes dispostos a não esquecerem das mães, mas com poder de investimento menor que outrora.

Um dos estabelecimentos observados com uma longa fila em frente foi a Colombo. A gerente da loja, Rayana Santos, informa que o estabelecimento fechou no dia 21 de março, reabriu em 11 de abril apenas para recebimento de boletos, e há poucos dias abriu o atendimento ao público para vendas. “Respeitando o decreto de atender 30% da nossa capacidade, estamos nos adaptando e tem funcionamento bem o atendimento. A gente achou que ia ser mais difícil, mas tem sido bom o retorno. Uma procura muito grande e certamente vamos alcançar as nossas metas”, apontou.

Longa fila na Colombo: consumidores foram às ruas para garantir o presente da mãe

 

Paciência

Na outra ponta dos negócios, está o cliente. Entre comentários que o dinheiro está mais curto em razão das demissões, suspensões de contratos empregatícios e pouco retorno nos negócios, o consumidor ainda tem de lidar com um atendimento diferenciado, seguindo regras rígidas sanitárias impostas pelos decretos municipal e estadual.

Cada comércio pode receber um número limitado de clientes, os funcionários precisam estarem atentos a higienização constante dos espaços e ainda observar o uso de álcool gel e máscaras por parte dos visitantes.

A nova rotina tem funcionado, porém desestimula alguns consumidores. “Se tornou chato, ter de aguardar em uma fila. O cliente se sente incomodado e perde um pouco a vontade de fazer compras. Mas tem que enfrentar, fazer o quê?”, comenta Luciana Müller, consumidora que aguardava pacientemente para ingressar em uma das lojas do Centro.

Outra consumidora, Silvia Vargas, entende que a calma deva fazer parte da nova rotina. “No momento da pandemia tem que ter paciência. Não dá para todos serem atendidos. Acho até que tem muito movimento, esperava menos”, finalizou.

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