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Estância Velha: Câmara reprova repasse ao transporte coletivo
Estância Velha – Depois de ser postergada em diversas oportunidades e ter ganho uma emenda modificativa, a votação do projeto de subsídio para a empresa de transporte coletivo Silas foi finalmente realizada na última sessão da Câmara. E por cinco votos a três, os vereadores optaram pela reprovação da pauta.
Foram contrários ao subsídio os vereadores Valdeci de Vargas, Diego Francisco, Carlos Bonne, Veridiana Monteiro e Lotário Seevald. Se posicionaram favoráveis ao repasse de R$ 420 mil, em quatro parcelas mensais de R$ 105 mil, Carlos Albino Dietrich, João de Godoy e Sérgio Werle. O presidente, Euclides Tisian, também se mostrou favorável ao projeto.
Antes da pauta entrar em votação, a emenda modificativa havia sido aprovada. A alteração previa que o município teria de ser informado e aceitar qualquer modificação nas linhas ou horários novos, ou já existentes, mesmo naqueles provisórios e experimentais, caso não atingisse a demanda de 60% de passageiros pagantes.
Debate acalorado
Os vereadores Django e Márcia Ribeiro usaram o espaço da tribuna para comentar sobre a pauta antes da votação. O vereador apontou que seria contrário a aprovação, por considerar que o período de pandemia está chegando ao fim e por achar que outros setores também teriam de ser contemplados. “É importante o transporte coletivo, mas há outras empresas que também precisam e que estão desamparadas. Não seria justo”.
Já Márcia se posicionou favorável ao projeto, destacando que se trata de uma responsabilidade do município prover o transporte dos moradores, e que a demanda poderia garantir a manutenção no valor das passagens. “A pandemia reduziu o número de usuários de onibus, reduzindo assim a receita da concessionária. A subvenção garante que mesmo que não haja linhas e passageiros, o valor da passagem não seja alterado até o final do ano”, destacou.
Reprovação e novas discussões
Após a votação, o presidente demonstrou contrariedade com o resultado, apontando que a reprovação trará o elevação no preço das passagens. “Esta decisão não foi justa para os usuários. É obrigação do município prover o transporte. Se ele parar, terá de contratar e pagar mais. O prejuízo será maior”, frisou Gringo.
Em seguida, Veridiana Monteiro usou a tribuna e comentou que não havia garantias no projeto que o valor da passagem não seria alterado com a aprovação. “Há outros problemas no transporte que a Prefeitura está tentando resolver com repasse de recursos. O que não é o correto. Há precariedade com o serviço prestado”.
Diego Francisco seguiu a mesma linha da colega, opinando que o projeto é contraditório desde o início. “Começou com a desculpa do coronavírus. A pandemia está passando, as empresas voltando, e o projeto continua igual. O serviço deixa muito a desejar, desde 2017. O projeto seria uma medida paliativa para as eleições”, finalizou.