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Estância Velha: empresas e sócios da fraude na saúde podem ser barrados em licitações
Estância Velha – Ao apresentar o relatório final da investigação que apurou um esquema criminoso na Saúde do município, a partir de contratos com a empresa Previne, o delegado Vinícius do Valle pediu à Justiça que as empresas e seus respectivos sócios sejam impedidos de contratar com o poder público.
Além da Previne, o pedido se estende a empresa KM Medicina do Trabalho, de Portão, às empresas Clinisul, de Pelotas/Estância Velha, Radpel, de Canguçu/Pelotas, e Clincenter, de Novo Hamburgo. Os sócios destas empresas são Josué Araújo Brum, Vladimir Paulo Warnava, Luiz Amarildo Aguiar e Márcia da Silva Schell.
Essas empresas e pessoas participaram de alguma maneira do esquema fraudulento que garantiu à Previne renovações de contratos emergenciais entre 2017 e 2019. Neste períodos, conforme apurou o Diário, a Previne faturou da Prefeitura estanciense mais de R$ 2 milhões.
POLÍCIA INDICIA A PREFEITA E MAIS 13 PESSOAS
Também foram indiciados pelos crimes cometidos os sócios da Previne e pessoas ligadas a clínica. Ao todo, são 14 pessoas indiciadas em um inquérito policial que acumula em torno de 4.000 páginas com indícios, provas entre outros documentos que ajudaram a desmontar o esquema criminoso que se instalou na Secretaria de Saúde de Estância Velha.
O delegado Vinícius do Valle, titular da 2ª Delegacia de Combate à Corrupção (Decor) do Departamento de Investigações Criminais (Deci), acabou de entregar no Fórum da cidade o inquérito policial com provas colhidas durante a investigação.
INVESTIGAÇÃO E OPERAÇÃO
Foram quase doze meses de investigação até o dia de hoje. Após sete meses de investigação, em maio deste ano, uma megaoperação policial, denominada de Anamnese, realizou buscas e fez apreensões na Prefeitura de Estância Velha, na Secretaria de Saúde, na Clínica Previne, e na casa dos suspeitos de participarem do esquema fraudulento. Foram dez mandados de busca e apreensão em Estância Velha, Dois Irmãos, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Pelotas e Mostardas.
Na ocasião, a 2ª Delegacia de Combate à Corrupção também cumpriu sete mandados de prisão temporária, que levou à prisão os ex-secretários Mauri Martinelli, Ana Paula Gularte Macedo e Eloise Gernhardt, além dos sócios da Previne.