Estanciense tira da pandemia um aprendizado e supera desafios

Estância Velha – A pandemia do novo coronavírus trouxe muitos desafios para os mais variados setores da sociedade. A instabilidade financeira foi uma das mais impactantes, conforme relatou o profissional de Educação Física de Estância Velha, Helton Turowczuk, que hoje já consegue avaliar o lado positivo da pandemia também.

Helton, que é proprietário da Academia Winner há 12 anos, conta que em função da pandemia as atividades no local ficaram suspensas por 45 dias. Por consequência da paralisação, muitos alunos acabaram não retornando à academia quando os treinos foram liberados, e isso impactou diretamente no orçamento do empreendimento.

Além disso, segundo o profissional, muitos alunos da Winner optaram por não retornar mais à academia enquanto não houver vacina contra o novo coronavírus. Helton conta, num primeiro momento, o movimento de evasão dos alunos causou apreensão, mas, atualmente o profissional considera que a situação toda serviu para reforçar a necessidade de não se permitir viver na zona de conforto.

“Se há um bem que o dinheiro não compra, é a saúde”, destaca Helton

Trabalhando há mais de uma década no ramo, o bacharel disse que sempre tentou transmitir essa mensagem aos alunos, mas foi a dificuldade que o fez experimentar a verdade da lição. “Com o passar dos anos, a gente tende a cair na rotina, deixa de perceber o valor de coisas que parecem simples, mas que são imprescindíveis na nossa vida, como a própria saúde, por exemplo. E se há um bem que o dinheiro não compra, é a saúde”, destacou Helton.

O empresário, que chegou a cursar Técnico em Mecânica, mas acabou se rendendo à paixão pelo esporte, diz que durante a pandemia o seu propósito de vida ficou ainda mais firme. Que o desejo de promover a saúde por meio da orientação às atividades físicas lhe proporcionou energia para superar os desafios do período.

Adaptações

Helton explica que, assim como todas as academias da região, a Winner teve que se adequar aos protocolos da Saúde, adotando o uso de máscaras durante os treinos e aumentando a frequência de higienização dos equipamentos, por exemplo.

O empresário relata que as medidas de prevenção causaram alguns incômodos e também influenciaram na desistência de alunos, mas, aos poucos as adaptações foram sendo aceitas e o público registrou uma procura ainda maior pelas atividades na academia.

“Passamos por momentos difíceis, mas hoje avalio que houve um aprendizado muito valioso nesse período. Não falo apenas porque vi meu púbico aumentar nos últimos dias, mas porque esse movimento representa que as pessoas passaram a priorizar a saúde. Se há algo bom a se tirar da pandemia, certamente, é essa conscientização”, destacou Helton.

Benefícios

O profissional de Educação Física destacou que a atitude de fazer da atividade física um hábito pode representar muitos benefícios, não apenas para o corpo, mas a para a mente também. “Há melhora na atividade cardíaca, na postura, na autoestima, no sono, no bem-estar, nos quadros de depressão, além de aumento do sistema imunológico, garantindo assim um corpo saudável e forte”, explicou.

Helton disse que o maior desafio de se escolher uma vida mais saudável é começar, pois em qualquer que seja a escolha, tanto a musculação, quanto natação, ciclismo, e demais esportes a mudança na qualidade de vida acontece com o tempo. “Não há resultado imediato, mas posso garantir que ele acontece, e todo o sacrifício se torna prazeroso”, disse.

Para quem não sabe por onde começar, o profissional aconselhou a experimentação. “Experimente, sinta o que seu corpo acompanha, o que lhe dá prazer e promove resultados. O que pode ser bom para mim, pode não ser para você, mas a gente só descobre experimentando”, explicou Helton.

E foi experimentando que Bruna Ferreira, de 27 anos, descobriu a paixão pela musculação. A empresária estanciense conta que nunca gostou da atividade, mas considerou a prática pensando nos resultados estéticos e da saúde. Hoje, depois de oito meses de academia, ela conta que a expectativa foi superada.

“Depois de aderir à prática da musculação mudei muitos hábitos que influenciaram, diretamente, na minha qualidade de vida. E os resultados foram além do que eu esperava, porque a musculação influenciou até no sentido emocional. Descobri que posso superar limites, me reinventar, ser mais forte e saudável, no corpo e na mente”, disse Bruna.

A empresária disse que acredita que os novos hábitos a ajudaram a manter o equilíbrio emocional durante a pandemia, influenciando na saúde em geral, e na manutenção do sistema imunológico. “Nos cuidamos bastante, seguimos as orientações de prevenção, mas acredito que o fato de praticar exercícios ajudou bastante durante esse período. Não peguei sequer um resfriado”, disse a estanciense.