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Estudantes de Estância Velha estão participando da Mostratec em Novo Hamburgo

09/12/2020 - 17h20min

Atualizada em 09/12/2020 - 17h32min

Trabalhos dos dois grupos de jovens alunas já foram reconhecidos internacionalmente (Crédito: Divulgação)

Estância Velha – Com trabalhos sobre jogos interativos para crianças com autismo e creme para tratamento de oleosidade da pele, dois grupos de estudantes do Colégio Luterano Arthur Konrath se classificaram para participar da Mostratecfeira de ciência e tecnologia realizada anualmente pela Fundação Liberato, em Novo Hamburgo. 

A maior mostra de ciência e tecnologia da América Latina, a Mostratec, neste ano, em sua 35ª edição, acontecerá de forma online, para cumprir o distanciamento social e os protocolos que procuram diminuir a transmissão do Coronavírus.  A feira acontece de 9 a 11 de dezembro. 

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Karoline de Santi da Silva, Isadora Borges e Carolina Jaeger Bielefeld, todas na faixa etária entre 16 e 17 anos, responsáveis pelo trabalho ‘Cibb – Creme para oleosidade de extratos vegetais’ relatam que o trabalho tem recebido diversas avaliações positivas, nacional e internacionalmente. “Isso vem nos animando muito. Estamos muito confiantes com nossa participação na mostra”, contaram. 

Já o projeto ‘Autism Play: Jogos Interativos para Crianças com Autismo’, foi desenvolvido por Tamirys Tereza Altenhofer e Giulia Pessoa Chaves da Costa, ambas de 17 anos. A proposta também vem recebendo boas avaliações, com diversas sugestões para agregar ainda mais. “Só a participação na feira já está de ótimo tamanho, mas caso ganhemos algo, é claro que ficaremos muito felizes”, completaram. 

Aldrim Vargas de Quadros e Rafael Martins Saibt, professores do Colégio Luterano que ficaram responsáveis por orientar os trabalhos, também lembraram dos diversos prêmios internacionais recebidos pelos alunos no último ano.  

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Segundo os profissionais, é importante incentivar os alunos a desenvolverem esses projetos, pois assim eles partem para o mercado de trabalho mais críticos, sabendo realizar atividades sistemáticas e priorizando o tempo, competências e habilidades estas desenvolvidas durante o processo. 

“É uma pena que muitos estudantes não percebam a importância de se empenhar nestas atividades. São com o esforço e a aprendizagem nestas que nasce o empreendedorismo dentro destes jovens, aprendendo assim a enxergar, criar o oferecer um diferencial para o mercado”, disse Rafael. 

COMO SURGEM AS IDEIAS 

Conforme informado pelos professores, os temas são escolhidos pelos próprios alunos, pois se o assunto é algo de interesse do próprio jovem, isso gera um combustível a mais para a realizar a pesquisa.  

“Eles são instigados por nós. Questionamos o que eles percebem como problema na sociedade, no seu meio social ou mesmo no dia-a-dia, o que eles acham que poderia ser diferente, e são assim que surgem grandes ideias”, explicaram. 

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Creme para combater a oleosidade 

Karoline explica que ela e as colegas, Carolina e Isadora, pensaram no assunto porque é algo que envolve pessoas da faixa etária e convívio social delas. “Muita gente da nossa idade tem problemas dermatológicos e querem uma solução segura e com resultados rápidos e confiáveis”, contaram. 

O propósito era produzir um produto simples e prático, adaptado para abranger diversos tipos de pessoas. Um dos principais objetivos era também oferecer uma alternativa mais natural, em meio às outras disponíveis no mercado. 

As jovens começaram pela feira de sua escola, a Mostraclak. A partir daí, receberam um credenciamento para outra feira, a FEICICC, do Colégio Concórdia, onde ganharam o prêmio de 2° lugar. Depois veio o convite para a participação da feira municipal de Estância Velha, a FECITEC, onde foram premiadas com o 1° lugar. E por fim, também puderam participar da CIENTEC, Feira Internacional de Ciência e Tecnologia de Lima, no Peru. 

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Jogos para crianças com autismo 

Tamirys e Giulia afirmam que a ideia de seu projeto era ajudar crianças com autismo na parte do seu desenvolvimento social, então os jogos seriam, além de uma forma de ensinar algo como, por exemplo, os números, mas também uma forma de as aproximar de outras crianças.  

“Seria através de uma brincadeira e de um aprendizado que você poderia iniciar uma conversa com essa criança, porque normalmente as crianças que sofrem desse transtorno ou apresentam traços dele têm dificuldade de se comunicar com as pessoas”, comentaram elas. 

Com esse projeto, as estudantes já participaram de duas feiras, nas quais ele foi muito bem avaliado pelas pessoas, que, segundo elas, parabenizaram a ideia e a iniciativa de criação dos jogos e o foco nessa área envolvendo crianças com TEA. 

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