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Fala Comunidade: idosa teme perigo de árvore sobre sua casa em Morro Reuter

04/10/2020 - 09h35min

Atualizada em 06/10/2020 - 10h29min

Morro Reuter –Iracy Capeletti, de 78 anos, entrou em contato com a redação do Diário para relatar os transtornos que vêm tendo com uma árvore que está ao lado da sua casa. Ela diz estar ciente da importância da árvore para a natureza, mas, ao mesmo tempo, afirma que não aguenta mais ter de limpar quase diariamente a sujeira que cai dela e, mais grave que isso, relata o medo dos galhos caírem sobre o telhado, coisa que já aconteceu.

“Eu já sou idosa e não consigo mais, meus braços não têm mais força”, lamentou. Ela conta que além de limpar ela mesma, precisa contratar alguém para, ao menos duas vezes por mês limpar a quantidade maior, que fica tanto sobre o pátio e, também, sobre o telhado e as calhas. “Se não for limpo entope tudo”. O gasto mensal, somente com isso, gira em torno de mais de R$ 100. “Não aguento mais”, ressalta.

Além disso, ela afirma já ter tido prejuízos com galhos que caem da árvore quando tem muito vento e, o problema, também se estende a outros vizinhos próximos. A árvore está em uma propriedade particular.

De acordo com Mateus Hoffmeister, chefe Departamento de Meio Ambiente, trata-se de uma questão que transcende a competência do município quanto à imposição de ação, tratando-se de um caso entre dois particulares que deverá ser dirimida pela promotoria pública. Agora, caso exista interesse do proprietário onde encontra-se a árvore em proceder na remoção, deverá então entrar com solicitação de supressão por risco de queda e dano ao patrimônio e depois de analisado pelo departamento de meio ambiente, será concedia a licença de supressão e exigida a compensação conforme rege a legislação pertinente na proporção de 15 mudas plantadas para cada espécime suprimido.

Nestes e demais casos, indica-se sempre um diálogo amigável entre as partes e a necessidade de autorização do departamento do meio ambiente antes de realizar qualquer intervenção, evitando transtornos e riscos de processos administrativos relativamente onerosos“, afirma Mateus.

Viveiro solidário

O Município está em processo de implantação de um projeto chamado viveiro solidário, onde será criado um banco de dados e será feita a intermediação entre as pessoas que necessitam realizar esta compensação, com aquelas que querem mudas para arborizar suas propriedades, ocorrendo um beneficiamento mútuo ao meio ambiente e aos envolvidos no processo, ou ainda poderá proceder na doação das mudas ao poder público, caso este esteja com algum projeto de arborização em andamento.

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