Familiares do foragido de Dois Irmãos dizem que não sabem do seu paradeiro

Dois Irmãos – Nelio Lucas Schmitt, 24 anos, já está foragido há mais de uma semana pela morte de Jonathan Guilherme Giehl Borschardt, também de 24 anos. Policiais civis já fizeram buscas por diversos locais e não conseguiram descobrir o paradeiro dele, que teve a prisão preventiva decretada no último dia 16. Nelio chegou a ser preso na manhã seguinte ao crime e confessou a autoria, mas foi solto pela Justiça porque não era uma prisão em flagrante. No entanto, no mesmo dia que foi solto, horas depois, foi decretada sua prisão preventiva, mas ele já havia fugido.

Familiares do acusado, que preferem não se identificar por segurança, procuraram a redação do Diário e relataram que não sabem do paradeiro dele. Segundo dois parentes, após a soltura, na Delegacia de Pronto Atendimento de Novo Hamburgo, ele não foi mais visto. “A gente não está escondendo ele. Não estamos a favor do que ele fez, sabemos da gravidade de tudo que aconteceu. Ele cometeu um crime e a justiça irá fazer com que pague por isso. A própria soltura dele, naquele dia, foi uma surpresa para nós. Na segunda pela manhã, quando soubemos do homicídio e também da prisão, logo pensei: ele fez e está preso. Está vivo e vai ter que arcar com o erro. Hoje, não faço ideia de onde ele está. Não sabemos o que está comendo, bebendo, vestindo, nem nada. Não sei nem se está vivo ou morto. Nunca pensei que o Nelio cometeria um crime desses, pois ele não é uma pessoa violenta”, disse a familiar, que também procura entender a revolta e tristeza por parte de quem perdeu a vítima do crime.

“A gente também se coloca no lugar. A família e amigos tiveram que enterrar o rapaz e não gostaríamos de estar no lugar deles. O crime cometido destruiu duas famílias: a deles que enterraram alguém e a nossa, pois mesmo que a gente não tenha cometido um crime, também estamos sofrendo. Nossa vida não está mais sendo a mesma. Não conseguimos mais viver tranquilos, temos medo. Ficamos receosos de que alguma coisa possa acontecer com alguém da nossa família por conta disso tudo. Estamos tentando seguir nossas vidas, mas não está fácil. Temos crianças e ficamos inseguros por nós e por elas”.