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Homem morto em Estância Velha ficou paralítico ao ser baleado por rivais no mundo do crime
Estância Velha – O homem morto na última quinta-feira tinha um passado ligado ao mundo do crime. Integrante de quadrilhas de roubo de carga de cigarros, Carlos Roberto da Silva, 42 anos, natural da Argentina, ficou paralítico e cego após sofrer um atentado a tiros em 2018.
O crime aconteceu dias após Carlos Roberto deixar o presídio, onde cumpria pena por um dos delitos que havia cometido ao longo da sua vida. A autoria da tentativa de homicídio que Carlos sofreu jamais foi identificada, contudo, a polícia sabe que os autores do ataque eram rivais dele no mundo do crime.
Com a morte de Carlos Roberto da Silva, a sua vida pregressa vem à tona, pois, a equipe do Setor de Investigação da DP estanciense tentará por este caminho chegar aos autores da sua morte. O argentino foi assassinado dentro de casa, na noite da última quinta-feira, por dois criminosos que chegaram ao local disfarçados de policiais.
Eles foram atendidos pela esposa da vítima e informaram que estavam ali para intimar o ex-presidiário. A esposa conta que não desconfiou de nada, pois os criminosos usavam camisetas da Polícia Civil e estavam armados.
Com a entrada franqueada, os bandidos entraram na casa, momento em que renderam a mulher e o filho do casal, um menino menor de idade. Mãe e filho foram trancados no banheiro antes dos criminosos irem até o quarto em que Carlos Roberto estava, onde cometeram o homicídio.
Com uma faca, os falsos policiais desferiram golpes na altura do pescoço e na altura do coração da vítima, que morreu no local. Após o crime, os homens foram embora, mas trancaram o quarto em que o cadeirante estava e levaram a chave junto. A esposa e o filho não chegaram a presenciar o crime. A esposa conta que após meia hora trancada no banheiro decidiu sair, quando encontrou a porta do quarto do marido trancada.
Ela pediu ajuda a um vizinho, que ajudou a arrombar a porta, quando Carlos Roberto da Silva foi localizado já sem vida. A esposa da vítima contou à delegada Cibelle Altamiranda Savi, que atende em substituição na DP de Estância Velha, que os criminosos chegaram na residência em um veículo escuro, contudo, ela não soube detalhar o modelo do carro.
A testemunha já foi interrogada na noite do crime. Ela contou à polícia que convivia com Carlos Roberto há quase duas décadas e que recentemente haviam casado oficialmente. O casamento foi em setembro deste ano, em uma cerimônia reservada a familiares. Além do depoimento dela, a polícia busca imagens de câmeras de segurança que possam auxiliar na identificação do veículo usado pelos criminosos.