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Ivoti: dos nove presos em flagrante este ano, cinco já estão soltos

06/06/2018 - 13h06min

Atualizada em 08/06/2018 - 14h07min

Ivoti – O jargão “a polícia prende, a Justiça solta”, que sai da boca do povo toda vez que um criminoso é capturado, tem feito sentido em Ivoti. Dos nove criminosos presos em flagrante este ano, cinco deles já estão nas ruas de novo. 

Por razão do considerável número de prisões feitas na Comarca de Ivoti, o Diário foi atrás para saber as consequências no âmbito judicial para cada um dos acusados. O levantamento trouxe a dado preocupante, que vem acompanhado de um ponto de interrogação: cometer crimes em Ivoti é um bom negócio?

O Ministério Público (MP) se posicionou contra todas as liberdades condicionais, nas decisões de 1º grau, até porque são criminosos que representam risco à sociedade, de acordo com o promotor Charles Emil Machado Martins. “São decisões equivocadas, pois interpretaram mal o Direito e/ou os fatos”, apontou o titular da Promotoria, em Ivoti.

ESTÃO SOLTOS

Giliardi Rodrigues, 25 anos, que na madrugada do dia 21 de maio, na companhia de um comparsa, roubou a moto de uma mulher. Giliardi é primo do ex-companheiro da vítima e foi reconhecido.

Darlan Vanderlinde, 25 anos, é outro que conseguiu a liberdade, mas foi por meio de um habeas corpus julgado pelo Tribunal de Justiça (TJ/RS). O morador de Joinville foi preso em Ivoti no dia 29 de março, acusado de integrar uma quadrilha de roubo a banco. Ele foi abordado pela Brigada Militar em frente a agência do Banco do Brasil no momento em que a agência era arrombada.

Maira Rolim Amaral, 19 anos, foi presa com o marido, Moisés Franklin Ventura da Silva, 21 anos, no bairro Morada do Sol, no dia 25 de abril. O casal foi flagrado com 14 gramas de maconha e 26 pedras de crack. A droga estava escondida debaixo dos cobertores do carrinho em que estava a filha de Maira, de apenas um ano de idade. Ela foi solta no mesmo dia, com base em recente decisão do Supremo Tribunal de Federal (STF), que determina a substituição da prisão preventiva por domiciliar para mulheres presas que sejam gestantes ou mães de crianças de até 12 anos ou de pessoas com deficiência.

O traficante que destruiu o celular, para evitar que a polícia conseguisse acessar suas conversas e arquivos, também recebeu o benefício de aguardar o desenrolar do processo em liberdade. Jeferson Luis Tiesen, o Jef, 29 anos, preso em flagrante dia 13 de março de 2018, e ficou 21 dias na cadeia.

Das cincos pessoas soltas após as prisões em flagrante, Ana Paula Lopes Brito, 31 anos, foi a que mais tempo ficou na cadeia. Foram 49 dias – do dia 17 de janeiro ao dia 8 de março – presa no presídio Madre Pelletier, em Porto Alegre. Ela é integrante da Gangue das Gordas e foi capturada pela Brigada Militar após cometer um furto qualificado em uma loja de artigos esportivos.

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