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Justiça nega liberdade a mulher que participou da morte de estanciense
Novo Hamburgo – A juíza Angela Roberta Paps Dumerque, da Vara do Júri, negou novamente o pedido de liberdade formulado pela defesa de Fabiane Beatris Mollmann, 35 anos, mulher que teve participação direta na morte do estanciense João Victor Friedrich de Oliveira, 32 anos, no início do ano.
A acusada alegou que precisava ser solta para poder cuidar da filha adolescente, pois está depressiva e precisa dos cuidados maternos. A magistrada, ao negar o pedido, argumentou que a filha de Fabiane está sendo bem cuidada pela avó e pelo tio. A juíza destacou, ainda, que a investigação policial foi conclusiva no tocante a participação de Fabiane nos crimes denunciados, portanto, “sua presença junto a filha não é recomendável, ainda mais se a adolescente encontra-se em estado de fragilidade mental”.
Fabiane Beatris Mollmann e o marido Sandro da Silva Miotti, além de uma adolescente de 16 anos, que seria namorada de Victor, juntamente com um policial militar temporário natural de Picada Café, são acusados de articular a morte do corretor de imóveis estanciense em 6 de março, na rua Marcílio Dias, em Novo Hamburgo.
Na ocasião, após matarem Victor, Miotti, Fabiane e o PM colocaram o corpo do corretor no porta-malas de um Mercedes Benz e sumiram com o cadáver. A adolescente foi flagrada lavando as manchas de sangue no apartamento em que o crime aconteceu. O corpo de João Victor Friedrich de Oliveira foi localizado, enterrado, em um sítio no interior de São Sebastião do Caí, dia 13 de março.
Fabiane e a adolescente foram presas na madrugada do crime, quando tentavam fugir do apartamento onde ocorreu o homicídio. Com elas, a polícia apreendeu diversas armas, mais de R$ 2 milhões, placas falsas da Câmara dos Deputados, entre outros objetos usados em um esquema criminoso comandado pelo casal de estelionatários.
Na sequência, durante a fase de investigação, a Polícia Civil conseguiu prender Sandro Miotti, com mais armas, dinheiro e carros clonados, em um estacionamento do Centro de Novo Hamburgo. Enquanto aguardava o encaminhamento do flagrante, o criminoso quebrou uma cadeira e fugiu do segundo andar da Central de Polícia. Ele só foi recapturado dez dias depois, em Santa Catarina.
Armas e carro
Na mesma decisão em que negou o pedido de liberdade de Fabiane, a juíza Angela Roberta Paps Dumerque autorizou que a Delegacia de Homicídios de Novo Hamburgo use um Toyota Corolla preto apreendido com a quadrilha chefiada por Sandro da Silva Miotti. A magistrada também concordou que uma pistola 9mm apreendida com a quadrilha também seja utilizadas para polícia.