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Lindolfo: Gabriela e a mãe aparentavam estar felizes momentos antes da tragédia

22/12/2020 - 09h00min

Lindolfo Collor – Momentos antes do acidente que tirou a vida de Gabriela de Moraes Gross acontecer, no final da tarde da última sexta-feira, ela e a mãe, Débora de Moraes, foram até um mercado fazer compras.

De acordo com os proprietários do Mercado Econômico, em que elas estiveram, as duas pareciam aproveitar o momento que estavam passando juntas. Logo que chegaram no local, como conta o casal empresário, que preferiu não se identificar, elas comentaram sobre a colisão que tinha acabado de acontecer quase que em frente à casa de Débora, ressaltando ainda que, por conta do ocorrido, estavam sem energia elétrica.

“Elas estavam bem felizes, falavam e riam bastante uma com a outra. Fizeram as compras e antes de voltar para casa, ficaram em frente ao mercado conversando durante um tempo, só as duas”.

Minutos depois da saída delas do comércio, alguns vizinhos foram até o local falar sobre a fatalidade que havia acontecido com a adolescente de 13 anos. No entanto, os comerciantes só acreditaram no que estava acontecendo quando Débora, a mãe de Gabriela, foi novamente até o mercado, logo depois da morte da filha.

“Ela estava transtornada, em estado de choque. Disse que precisava usar um telefone fixo para fazer uma ligação e pensou que nós tivéssemos para emprestar, mas não tínhamos. Depois de um tempo, ela foi embora de novo, ainda bem perturbada”.

O acidente

Na sexta-feira, por volta das 17h, um carro Chevrolet Onix, com placa de Belém (PA), colidiu frontalmente com um poste de luz na Estrada 48 Baixa, no bairro Petry. Transitando no sentido Ivoti-Lindolfo Collor, o acidente aconteceu em trecho inicial do asfalto, ao motorista perder o controle da direção.

Com a batida, o poste de luz e os fios de energia elétrica ficaram caídos pela rua, bloqueando parcialmente a passagem de carros e pedestres. No entanto, algumas pessoas que passavam pelo local se arriscavam transitando pelo espaço.

Gabriela e a mãe passaram pelo local pouco mais de uma hora depois do acidente, quando voltavam do mercado. Quase em casa, a menina – que morava em Horizontina com o pai e estava de visita na casa da mãe – recebeu uma descarga elétrica e faleceu no local.

RGE compareceu no local uma hora depois da morte de Gabriela, segundo testemunhas

Moradores do entorno onde a fatalidade aconteceu, comentaram que a RGE foi informada sobre a queda dos postes e dos fios energizados no meio da pista assim que a colisão ocorreu, tendo sido enviado a eles até mesmo foto da situação. A empresa de energia elétrica compareceu no local apenas uma hora depois da morte de Gabriela, segundo testemunhas.

Um vizinho destaca que, em sua visão, a situação poderia ter sido evitada caso a Brigada Militar não tivesse deixado o local. Com a recusa dos motoristas que causaram o acidente em realizar o teste do bafômetro, os brigadianos que atendiam a ocorrência precisaram tirá-los do local, deixando o local sem nenhuma fiscalização.

“Acho que a Brigada foi um pouco negligente nesta situação. Algum dos brigadianos deveria ter permanecido no local ou, ao menos, tinham que ter colocado sinalizações. Qualquer coisa que proibisse a passagem das pessoas por todo o arredor ali. Foi uma tragédia, mas do jeito que o local estava e com a movimentação que tinha, poderia ter sido até pior”.

RGE

Procurada pela reportagem do O Diário para entender o porquê de a empresa não ter comparecido ao local do acidente no momento em que as testemunhas relatam tê-la acionado, até o fechamento desta reportagem, a RGE não se manifestou.

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