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Morador de Dois Irmãos é referência quando o assunto é coelho

15/09/2021 - 09h24min

Fotos: Fábio Radke

Cunicultura de Luiz Büttenbender está localizada no bairro Becker

Dois Irmãos – “Uma paixão de família, passada de geração em geração”, é assim que Luiz Büttenbender, de 61 anos, descreve o seu começo na cunicultura – nome dado a criação de coelhos. Ele lembra que desde criança dedica atenção aos animais e o resultado disso é que hoje já pode ser denominado uma referência quando o assunto é coelho. São inúmeros prêmios e troféus conquistados ao longo do tempo em participações em feiras e até mesmo em edições passadas da Expointer. Atualmente, galpões da Cunicultura Büttenbender, no bairro Becker, abrigam cerca de 1.000 animais divididos por categorias de tamanho e diferentes raças. Entre elas, matrizes para reprodução, espécies para o mercado pet e também opções voltadas à engorda. “Já conquistei cerca de 16 prêmios de destaque”, revela.

A última presença na maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina foi no ano de 2019. Ainda preocupado com os riscos da pandemia abriu mão de participar das duas mais recentes edições da Expointer. Nem por isso deixou de comercializar animais. Por meio de um site na internet seguiu divulgando o negócio. A procura por filhotes de coelhos, segundo o criador, aumentou no período de pandemia. “Nunca vendi tanto. Foram em torno de 300 filhotes em um ano”, confessa.

Como não destinou recursos e tempo para a participação em feiras, as atenções para estiveram voltadas para o melhoramento genético das matrizes. Hoje, a cunicultura de Luiz conta com cerca de 12 raças divididas entre as diferentes categorias de tamanho e finalidade. O porte físico de espécies como o Gigante de Flandres, Gigante de Bouscat e o Nova Zelândia Branco, chamam a atenção. Já a sutileza das variedades de mini coelhos, que ainda filhotes cabem na palma da mão, ganham a preferência da criançada.

Luiz com um dos mini coelhos da cunicultura

Mini coelhos encantam

Em um dos galpões, o criador acomoda as categorias de raças de mini coelhos. São elas que despertam o interesse de crianças e adultos para o mercado pet. Um filhote para essa finalidade custa hoje o valor de R$ 100,00. Já o animal na fase adulta é comercializado pela quantia que varia de R$ 250 a 400,00. Segundo Luiz, a temperatura ideal para o bem-estar dos coelhos é de 25 a 30 graus. No auge do verão, ventiladores instalados nas dependências são ligados para não aquecer demais o ambiente. Luiz dá uma dica para quem deseja ter um coelho de estimação. “O ideal é criar ele em uma gaiola, dar comida para ele ali e soltar ele somente para brincar. Se você deixar completamente solto ele fica selvagem”, explica.

Curiosidades

Uma das curiosidades que o especialista compartilha está relacionada a diferença no sistema de reprodução da lebre e o coelho. “A lebre faz o ninho dela em cima da terra e gestação dura cerca de 45 dias, já os coelhos quando soltos, cavoucam para deixarem seus filhotes debaixo da terra. Uma coelha dá à luz em 30 dias”, explica.

O número de filhotes varia conforme a raça. O cunicultor destaca que uma fêmea de mini coelho podem gerar uma ninhada de 3 a 4 filhotes. Já as demais espécies costumam ter entre 8 a 10 coelhos por ninhada.

Raças que não são mini apresentam ninhadas maiores

Carne de coelho

Algumas raças são mais procuradas para o abate. A carne de coelho, embora pouco explorada no mercado, conta com muitos apreciadores na região. A engorda é um processo um pouco mais demorado na comparação com outros animais de abate. “Geralmente, a engorda leva de 90 a 120 dias. Nesse período o peso chega a 1,8 kg até 2 kg. Mas um coelho grande, da raça Bouscat, pode chegar até 7,5 quilos”, projeta.

As características da carne de coelho são mencionadas pelo criador. “O gosto é semelhante ao frango, somente exige um pouco mais de cuidados no preparo e uns temperos a mais”, explica. O quilo da carne de coelho, em média, é vendido pelo valor de R$ 30,00.

Luiz orgulhoso com o coelho Bouscat branco

Aperfeiçoamento

O criador Luiz dedica cuidados especiais quanto a alimentação e a saúde dos animais. “Trocamos muitas informações entre nós criadores. E também sempre buscamos melhorar nossas matrizes”, disse. Vendas para outros estados também já foram realizadas, entretanto, a demanda diminui nos últimos anos. “O envio passou a encarecer o preço. O valor do frete hoje costuma sair três vezes mais do que o preço do coelho”, revela. Caixas são medidas e adaptadas para o envio são utilizadas.

Ração especifica, alfafa peletizada e muito verde fazem parte da alimentação balanceada oferecida nas gaiolas dos galpões.

As instalações da Cunicultura Büttenbender, estão localizadas na rua Pedro Becker, 229, no bairro Becker. Mais informações sobre a venda de coelhos no local podem ser obtidas pelo telefone: (51) 9 9646 4283.

Filhote de raça Rex Dálmata Tricolor

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