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Nova Petrópolis: fiscalização quanto a limpeza dos totens do rotativo levanta questionamentos
Nova Petrópolis – Comerciantes se queixam de que o decreto que visa medidas de segurança e higiene das atividades não é justo para todos. O questionamento da vez é saber onde se encaixam no decreto, os totens de pagamento do estacionamento rotativo.
A Prefeitura informou que a Zona Azul, empresa que administra o serviço, foi orientada a seguir os protocolos de higiene do Decreto Estadual. Disse também que os agentes de trânsito do município confirmam que seguidamente veem os funcionários da empresa limpando os equipamentos.
“Se é inviável que se limpe a cada uso, deveriam suspender os serviços”
Segundo o decreto estadual, superfícies de toques devem ser limpas com álcool em gel, no mínimo, a cada duas horas. Porém, outro item do protocolo estadual, diz que máquinas para pagamento com cartão devem ser higienizadas a cada uso, o que não vem ocorrendo. No entendimento da Prefeitura, o parquímetro é considerado como um Terminal de Autoatendimento, não apenas uma máquina de pagamento com cartão, portanto, superfície de toque.
O diretor da Zona Azul, Claudinei Barduque disse que os totens são limpos “em média, a cada duas horas”, com álcool e papel descartável. “Inicialmente é limpo pela manhã, na saída dos monitores, ao decorrer do dia. Também quando das passagens deles pelos equipamentos”, afirmou.
Restaurantes reclamam
O proprietário do restaurante Temperos e Sabores, Rosemir da Silva, disse que higieniza sua máquina para cartão a cada uso, como o protocolo exige. Também fornece álcool em gel na entrada do estabelecimento e no buffet, onde a comida é servida por um funcionário.
Ele argumenta que o mesmo deveria ser feito nos totens do rotativo por também serem máquinas de pagamento e estarem em constante uso dos munícipes e turistas. “Se é inviável que se limpe a cada uso, deveriam suspender os serviços, pois nós estamos seguindo tudo a risca e trabalhando no prejuízo”, comentou.
O mesmo questionamento foi feito pelo proprietário do Casa Nova, Ricardo Schaab, que precisou fechar seu restaurante temporariamente por dois meses, devido ao fraco movimento por conta das restrições, como os funcionários precisarem servir os clientes. “Só queremos que seja justo para todos, qual é o protocolo para a Zona Azul? Todo mundo coloca a mão ali o tempo todo”, disse.
Pedido por conversas
Rosemir contou que os donos de restaurantes possuem um grupo, juntamente com a secretária de Turismo, Indústria e Comércio, Roberta Liane da Silva, onde propõem e discutem soluções. Um dos pedidos foi para que os clientes possam se servir nos restaurantes, desde que usem luvas ou saquinhos descartáveis.
“Outros municípios adotaram esta medida, e na minha visão, é muito mais seguro. O cliente coloca as luvas, vai ao buffet sozinho, serve-se e na saída retira as luvas e coloca em uma lixeira que se abre com o pé. Do jeito que está, o cliente precisa ir com um funcionário ao buffet, assim são duas pessoas próximas”, disse o proprietário. Mas a secretária informou que essa medida não pode ser adotada, pois iria infringir o decreto estadual. Os municípios podem apenas deixar as medidas mais rígidas, mas nunca flexibilizar.
“Nós gostaríamos que o Prefeito viesse nos restaurantes, no comércio em geral, para conversarmos e discutirmos ideias. Algo que não prejudique mais uma classe do que outra. Tem lugares que podem tocar em tudo, e outros lugares em nada. Já tentei ir na Prefeitura conversar e não fui atendido”, finalizou Rosemir.