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Nova Petrópolis registra 81 focos do mosquito da dengue em 2022

16/03/2022 - 14h57min

Placas de conscientização estão no Centro, mas que serão transferidas para o bairro Pousada da Neve nos próximos dias (Créditos: Francis Jonas Limberger)

Reservatórios de água da chuva são o principal meio de criação do mosquito

POR: GIAN WAGNER

Nova Petrópolis localizou 81 focos de criação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, chikungunya, zika vírus e febre amarela urbana. Os focos foram localizados pela Vigilância Ambiental em Saúde entre janeiro e fevereiro. Ao todo 72 imóveis com focos identificados estão localizados em oito bairros, sendo os principais o Pousada da Neve, Vila Germânia, Centro e Juriti.

De acordo com o coordenador da Vigilância Ambiental em Saúde, Rafael Aguiar Altreiter, a Secretaria de Saúde mantém sete agentes de endemias no trabalho de monitoramento do mosquito Aedes aegypti. Em janeiro e fevereiro, o grupo de profissionais esteve em 7.777 imóveis da zona urbana, onde foram localizadas 232 amostras de material, totalizando 1.469 exemplares (larvas, pupas e mosquitos adultos). Após a análise no laboratório do Município, 375 exemplares foram confirmados como Aedes aegypti, levando à identificação de 81 focos de criação, distribuídos em 72 imóveis urbanos.

PRINCIPAIS CRIADORES – As 7.777 visitas a imóveis indicam ainda que os reservatórios de água da chuva, tonéis e pequenos depósitos de água (potes e baldes) são o principal criadouro do mosquito em Nova Petrópolis. “Nossa boa compreensão ambiental, econômica e social nos faz armazenar água da chuva, para aproveitá-la no dia a dia. Mas essas ações não podem colocar em risco a saúde coletiva. Temos que tampar, colocar telas ou até mesmo tratar a água destes reservatórios e inspecioná-los regularmente”, afirma o coordenador Rafael Aguiar Altreiter.

Placas de conscientização estão no Centro, mas que serão transferidas para o bairro Pousada da Neve nos próximos dias (Créditos: Francis Jonas Limberger)

INFESTAÇÃO

Nova Petrópolis está classificada como “infestada” pelo Aedes aegypti desde 2018. Nete ano ainda não foram identificados casos positivos de dengue, chikungunya ou zika vírus. “No entanto, diante dos dados alarmantes de janeiro e fevereiro, podemos estar às vésperas de um surto na nossa cidade. Não podemos deixar que isso ocorra. E, para tanto, devemos acabar com as chances deste mosquito nascer”, explica o coordenador.

Atualmente os principais focos são no bairro Pousada da Neve e Vila Germânia, que juntos somam 25 focos (13 no Pousada da Neve e 12 na Vila Germânia). Centro e Juriti têm dez focos cada e Logradouro e Piá, 9 focos cada. No Bavária existem seis foco e no Vale Verde, três focos.

 

 

 

 

 

 

 

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