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Nova Petrópolis: vacinação obrigatória para participar de eventos municipais é discutida na Câmara de Vereadores

22/09/2021 - 14h16min

Atualizada em 22/09/2021 - 14h17min

Tema foi discutido durante sessão de terça-feira, 22 (Créd.: Dário Gonçalves)

Nova Petrópolis – O decreto do prefeito Jorge Darlei Wolf de que será preciso apresentar comprovante de vacinação para acessar eventos municipais em ambientes fechados foi tema de discussão na Câmara de Vereadores na noite de ontem, 21,

Três vereadores se posicionaram sobre o tema, o presidente da Casa Legislativa Daniel Michaelsen (MDB), Kátia Zümmach (PSDB), e, principalmente, Tarcísio Brescovit, o Bresco, (Patriotas). O prefeito Darlei acompanhou a sessão presencialmente, no Plenarinho da Acinp.

Bresco usou seu tempo na tribuna e mais o espaço cedido pelo vereador Josué Dreschler (MDB). Ele disse que o decreto do prefeito é uma “flagrante violação de direitos fundamentais”. Ele justificou que a medida traz uma série de restrições a frequência de espaços públicos e privados e a utilização desses serviços básicos. “Não restou alternativa ao requerente senão apresentar a presente demanda ao presidente da Câmara de Vereadores a fim de buscar regente por meio de receptividade a tutela jurisdicional para solucionar a questão da legalidade”, disse ao ler um documento.

O vereador disse ainda que tem informações de possíveis males e reações causadas pela vacina e que 93% dos casos diagnosticados são da variante Delta, o qual a vacina não consegue combater. Bresco diz ter a fonte destes dados e disponibilizou-se a entregar a quem tivesse o interesse. Por fim, disse ainda que não se pode obrigar ninguém a se vacinar. No entanto, o decreto não obriga os moradores a se vacinarem, apenas proíbe que acessem eventos fechados promovidos pelo município.

Acreditar na ciência

Depois de Bresco, Kátia Zummach pediu a palavra. Ela falou sobre o pavor de transmitir a doença para a mãe, de 85 anos, quando contraiu Covid-19 no início do ano. “Até hoje sofro com falta de ar”, disse. A vereadora contou que, assim que a vacina foi disponibilizada, todos de sua família foram receber as doses, sendo seu filho o último por conta da idade. “Acredito que dessa forma estamos ajudando a proteger a todos, e posso afirmar que isso reduziu os casos de Covid-19 em Nova Petrópolis e no mundo inteiro”, acrescentou.

Complementando, Kátia disse que já passou por nove cirurgias, e que em nenhuma delas soube que tipo de anestésicos estava recebendo. “Que a gente confie nos médicos e na ciência”, finalizou.

Vereador Bresco, contrário a obrigatoriedade, observa a fala da vereadora Kátia, favorável (Créd.: Dário Gonçalves)

Direito de escolha

Daniel Michaelsen foi o último a tocar no tema e falou também sobre tratamento com ivermectina. Disse que se se tivessem deixado os médicos decidirem o que é melhor, vidas teriam sido salvas. “Muitas pessoas se recuperaram com ivermectina, comprovado ou não. Quantas pessoas têm um mal estar, tomam um chá de boldo e se sentem melhor, mesmo sem comprovação?” questionou.

No entanto, o presidente disse ser a favor da vacinação e gostaria que todos se vacinassem, mas que isso deva ser uma escolha de cada um e não uma obrigação. “Tenho familiares que optaram por não se vacinar, e eu vou brigar? Não, vou respeitar quem não quer”, disse.

Daniel Michaelsen também manifestou-se contra (Créd.: Dário Gonçalves)

Finalizando sua fala, disse que já existem muitas polêmicas e que não é necessário mais uma. “Esse decreto não atinge restaurantes e comércio. Tem restaurantes com eventos e não será exigido, como controlar? Mas estamos aqui pra contribuir”, finalizou.

Terminada a sessão, o prefeito Jorge Darlei Wolf dirigiu-se ao vereador Tarcísio Brescovit para trocar algumas palavras. Ambos não pareceram concordar e o assunto foi encerrado.

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