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Nova Petrópolis: vagas rotativas da noite para o dia geram revolta
Nova Petrópolis – A recente implementação da rua João Leão ao sistema de estacionamento rotativo causou incomodação e questionamento quanto a sua legalidade. O morador Silvio Voss conta que sua casa não possui garagem e que precisa deixar o carro estacionado na rua. Para sua surpresa, sem um aviso prévio de que a rua passaria a fazer parte da zona azul, acabou sendo notificado por duas vezes. A fiscalização começou no último dia 13 de março.
A primeira vez, ele recorreu a um fiscal e quitou a notificação. Mas na segunda, questionou o motivo da cobrança, visto que a rua não consta listada nas áreas de zona azul e zona verde. Segundo ele, o fiscal não soube explicar e não aceitou o pagamento, dizendo que Silvio deveria entrar em contato com a empresa. Este fato ocorreu no dia 17 de abril, uma sexta-feira, quando as atividades do rotativo retornaram. Ainda segundo ele, a empresa não estava realizando atendimento ao público, portanto, ele não pode regularizar, a partir disso, passaram-se as 48 horas e acabou recebendo uma multa.
Questionamento na Câmara
A nova área de cobrança foi questionada pela Câmara de Vereadores quanto a sua legalidade. Em ofício enviado pela Prefeitura para a Câmara, o prefeito Régis Luiz Hahn explica que o pedido para o estacionamento rotativo no local partiu de um comerciante que tinha seu estabelecimento afetado pois não haviam vagas para os clientes. A questão foi levada ao setor jurídico municipal, que autorizou a secretaria de Planejamento, Coordenação, Trânsito e Habitação a solicitar 14 vagas na rua João Leão, as quais foram demarcadas e sinalizadas.
O presidente da Câmara de Vereadores, João Paulo de Macedo Viana, disse que alterações no projeto não precisam de autorizações da Casa Legislativa, a Prefeitura pode mudar por decreto. “O projeto que foi aprovado na Câmara foi da implantação do Estacionamento Rotativo. A forma de como seria, (foi) definida pelo executivo. Mas com, certeza esse questionamento deve ser discutido entre os vereadores”, afirmou. “Essa rua, inclusive, já foi questionada por munícipes. O que levou um vereador a formular o pedido de informações sobre essa rua”, completou.
A revolta de Silvio se dá pelo motivo de não ter havido uma comunicação de que naquela rua, que há apenas um comércio, as vagas passariam a ser cobradas. Além disso, a rua João Leão se “divide em duas”, havendo um canteiro central que divide os sentidos, e somente no sentido de quem vem da rua Rui Barbosa, a zona azul foi aplicada. O sentido contrário, que é de paralelepípedo, e fica em um nível abaixo, não foi incluso. “Se eu chegar com compras na frente da minha casa, eu não posso parar. Tenho que deixar carro lá em baixo e dar toda a volta”, comenta. “Ter uma placa não significa que a placa pode ser colocada”, finalizou.