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O Kerb de São Miguel é sinônimo de encontros nas famílias em Dois Irmãos
Por Cleiton Zimer
Dois Irmãos – Cada época possuí as suas particularidades quanto aos festejos do Kerb de São Miguel. Entretanto uma coisa sempre foi unânime: os encontros das famílias.
Já são 192 anos de celebrações, muitas gerações se passaram e as transformações vieram ao natural, assim seguirá sendo. Mas ainda hoje o Kerb é uma importante data para reencontrar familiares e amigos, sempre com comida típica e bandinhas.
Vivendo o Kerb desde a infância
Maria Leni Holz Müller, 64 anos, sabe muito bem disso. Ela nasceu e cresceu em Joaneta e desde a infância os festejos do Kerb fazem parte da sua vida. Ela recorda que tinha até quatro dias de festa nos avós, começando nas sextas-feiras e indo até as segundas, sempre com a casa lotada. “Duas semanas antes eles já assavam a carne de porco num forno de barro; depois colocavam em uma lata com banha e, no dia, tiravam e esquentavam. Era muito bom”.
Vinham de 30 à 40 pessoas, a maioria a cavalo. Na sexta-feira Maria ajudava a fazer as cucas e, quando os visitantes iam para casa, cada um levava uma, junto com uma linguiça e a carne que sobrava para que pudessem tomar um café quando retornassem.
Há 46 anos toda a família se mudou para Dois Irmãos, mas as celebrações continuaram na casa do pai de Maria, seu Pedro Holz, que faleceu há 15 anos. Já não eram mais tantos dias de festa, mas, mesmo assim, toda a família se reunia nos domingos. “Meu pai era muito brincalhão, contava piada, dançava e fazia festa”, recorda.
Conta que vinham primos, tios e amigos; juntos eles ia nos bailes no Santa Cecília à noite. “Dá saudade daqueles tempos”.
Maria tem dois filhos e dois netos. Hoje celebra o Kerb com os amigos do Grupo Encosta da Serra e, nos domingos, sempre organiza uma confraternização com a família. Assim será neste ano.