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“O legado e o sonho da Manu permanecerão vivo”, afirma a família de dona de lar falecida essa semana em Picada Café

07/01/2022 - 11h35min

Picada Café – O sorriso contagiante de uma mulher que sempre sonhou em fazer o bem. Seu nome Maria Manuela Steffen, uma mulher de nome e sobrenome que faleceu na noite de segunda-feira, dia 3, aos 45 anos, vítima de uma parada cárdio respiratória. “Manu”, como era conhecida pelos hóspedes, familiares, amigos e colaboradores, tinha no amor aos idosos seu principal passatempo. Ela vivia o lar 7 dias por semana, trinta dias no mês e 12 meses no ano. Era comum encontrar ela no vão de acesso ao lar, dando bom dia, boa tarde, boa noite, sempre fazendo o bem sem olhar a quem. O sonho, de ter seu lar próprio, foi realizado em 2014. Foi cuidando um aqui, outro ali, e há quatro anos realizou o sonho de ter um prédio próprio. Quem acompanhou esse processo todo de perto é o companheiro de Manu, João Vianey Knorst. Foram oito anos apoiando a casa que a esposa tanto amava e se sentia bem. “A gente muito pouco saia do lar. E quando saia, buscava voltar logo ao lado dos vovôs”, lembrou.

O LEGADO PERMANECERÁ VIVO
O falecimento repentino de Maria Manuela Steffen pegou todos de surpresa. O filho Everton disse que a mãe passou mal ao meio dia de segunda-feira, dia 3. Inicialmente a mãe foi socorrida ao Posto de Saúde Ruben Kirschner de onde foi removida ao Hospital Nova Petrópolis, onde faleceu no início da noite. Everton, a esposa Ellen, filha Sofia, neta de Manuela, e o companheiro João Vianei estiveram reunidos na manhã de ontem e afirmaram que o Lar Geriátrico dos Lírios para sempre será “o lar da Manu”. “Esse foi o sonho dela, o sonho que realizou, e vamos manter vivo esse legado. A mãe viveu isso com intensidade e para nós será um orgulho de não só manter esse sonho, como seguir cuidando de cada vovô ou vovó que aqui encontram alegria, cuidados e uma vida digna”, descreveu Everton.

Casa ganhará as cinzas de Manuela
João Vianey, Everton e Ellen sabem bem o quanto Manuela adorava cada canto do lar e seus hóspedes. Tanto que a dona teve o corpo cremado e as cinzas devem chegar nos próximos dias. O companheiro de quase uma década já sabe o que será feito com as cinzas da mulher que sonhou, fez e deixou um amor profundo pelos idosos. “Essas cinzas vão ganhar um cantinho especial do Lar, num lugar feito com mármore e uma bonita foto da Manuela. Assim nunca esqueceremos de cada ensinamento dela e os vovôs, que tanto sentem a sua falta, matarão um pouco a saudade que sentem da nossa Manuela”, declarou João Vianey. Com o falecimento de Maria Manuela o lar agora passa a ser administrado pelo filho Everton, esposa Ellen e o companheiro de Manuela, Vianey. Atualmente a casa atende 15 idosos de diversas cidades da região.

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