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Pai ameaçava cortar o pescoço da filha de 2 anos, que estava no seu colo, em Dois Irmãos
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Por Cleiton Zimer
Dois Irmãos –Um homem de 37 anos foi preso na madrugada deste sábado, 2, após manter sua própria filha de dois anos e 11 meses em cárcere privado por cerca de três horas, ameaçando ela com uma faca após discutir com sua mulher – a mãe da criança. O fato aconteceu no bairro Floresta.
De acordo com informações da Brigada Militar a ocorrência teve início por volta das 2h20 quando, após uma briga do casal o homem teria tido uma crise de ciúmes, arrancado a filha dos braços da mãe e se trancado dentro do carro, estacionado na garagem.
A mulher de 45 anos conseguiu sair da residência, pedindo por ajuda através do número de emergência (190); entretanto, o homem ficou dentro da casa com a filha de dois anos, ameaçando-a com uma faca.
A Brigada Militar foi ao local. A polícia não conseguiu acesso pelas laterais da garagem e conseguiram abrir o porta-malas do veículo para ter contato visual e negociar a soltura da criança.
De acordo com a polícia o pai dizia que mataria a menina, cortando seu pescoço com uma faca de cozinha, e tiraria a sua própria vida em seguida, diante de uma suposta traição da companheira.
Após quase três horas de conversa e negociações da Brigada Militar, por volta das 5h10, o homem, por fim, se rendeu e entregou a menina que não sofreu nenhum tipo de ferimento. Sem entender o que estava acontecendo a criança foi entregue à mãe.
O pai foi preso e encaminhado para a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Novo Hamburgo, onde foi autuado em flagrante por ameaça e cárcere privado, sendo direcionado ao sistema prisional. Com ele foram apreendidas duas facas de cozinha. Não tinha, até então, uma ocorrência de violência doméstica registrada contra ele.
A ocorrência mobilizou os efetivos da BM de Dois Irmãos, Morro Reuter, o Comandante local Tenente Elton Dhein, além de oficial e coordenador da região.
Equipes do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) também chegaram e ser acionadas mas não precisaram entrar em ação, pois o pai já havia liberado a criança com as negociações da polícia militar.